Chega dezembro, e com ele o festival de clichês que inunda toda a rede de blogs. Por que haveria de ser diferente com o meu? Não que eu goste desse clima piegas de todo fim de ano, mas não há como fugir de fazer as considerações sobre tudo o que aconteceu durante o ano inteiro.
Pois bem, vamos então às minhas considerações.
Digamos que 2010 foi um dos anos mais intensos da minha vida. Talvez por ter sido precedido por dois anos monótonos, em que eu nada fiz além de trabalhar e trabalhar, talvez por ele ter sido realmente agitado e com muito mais emoções do que eu poderia prever.
Em 2010, finalmente entrei para a faculdade, dessa vez pra valer, sem trancar a matrícula na terceira semana de aula. Hoje, sou oficialmente uma futura produtora editorial - se você não convive comigo, dificilmente saberá a importância disso para mim -, o que acarretou muitas dores de cabeça durante todo o ano. Todo início de mês, o mesmo drama: pagar a mensalidade, caríssima para o meu poder aquisitivo. Aos trancos e barrancos, fui conseguindo pagar mês a mês. Torço muito para que isso melhore em 2011. Outro dilema foi a enxurrada de trabalhos e projetos que precisamos desenvolver nos dois semestres que se passaram. Não sei se os professores pensam nisso, mas o fato é que a carga é realmente muito grande para quem precisa conciliar estudo e trabalho. Minhas horas de sono diminuíram, e meu tempo livre aos finais de semana ficaram escassos por muitas vezes. E não acho que isso vá melhorar em 2011.
Em 2010, descobri o que é de fato exercer o cristianismo, fato que eu ainda estou tentando assimilar. Não creio que eu vá alcançar o que considero ideal ainda em 2011. Quem sabe em 2020. Brinquei de ser missionária e descobri quão árduo é assumir essa tarefa. Ingressei, juntamente com amigos, em uma ONG - em fase de testes, diga-se de passagem -, e descobrimos juntos quanto suor ainda precisaremos gastar para chegarmos ao que consideramos que seja um belo trabalho social. Aprendi que ainda preciso aprender muito para querer construir um ser humano.
Em 2010, amei muito. E fui amada, muito amada. Deus me deu um anjo de presente, e foi esse anjo que me ergueu e reergueu incontáveis vezes, sempre que eu queria descer ao fundo do poço. É esse anjo que me fez lembrar, dia após dia, a importância que a esperança exerce sobre a minha vida, e o quanto eu preciso deixar que a persistência me acompanhe. Esse anjo me fez sorrir inúmeras vezes, e também enxugou minhas lágrimas incansavelmente. Suportou meus momentos de histeria, e esteve ao meu lado nos momentos em que o riso parecia não caber em meu rosto. Esse anjo me mostrou o que é, de fato, amor.
Em 2010, ganhei poucos novos e excelentes amigos. Pessoas que estavam perto de mim e que se revelaram verdadeiras colunas onde pude me apoiar e me sentir segura. Em 2010, também perdi muitos amigos. Melhor: digamos que em 2010 eu me desfiz dos que eram apenas festivos e momentâneos, e por isso rasos, e me apeguei com todas as minhas forças aos sólidos e constantemente presentes. Deixei de viver dentro de uma bolha de aparência e falsa simpatia, e posso dizer que saí no lucro.
Em 2010, chorei muito. Me desesperei muito. Me senti só por muitas e muitas vezes. Quis jogar tudo para o alto um sem número de vezes. Me desanimei demais. Reclamei. Questionei. Esperneei. Não me conformei. E, com isso, hoje posso dizer que, em 2011, estou preparada para aguentar muitos trancos. Podem vir, porque eu já sei como lidar com vocês.
Aprendi que, em 2011, preciso voltar a ser otimista, dar graças em meio à dificuldade, sorrir quando nem tudo vai bem, esperar o melhor das situações mais difíceis. Preciso manter a fé. Preciso amar. Preciso ser grata.
Venha, 2011.
terça-feira, 28 de dezembro de 2010
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
Oscilação
Oscilo entre o claro e o escuro, entre o frio e o quente, entre o êxtase e o chão, entre o riso e o choro.
É o que tenho para hoje.
É o que tenho para hoje.
sábado, 6 de novembro de 2010
quarta-feira, 22 de setembro de 2010
Lixeira
Estou passando por um processo de mudança. Consegui um estágio muito bom em um cargo que eu queria há tempos, e estou saindo hoje da empresa na qual trabalhei por 1 ano e meio, além de, há três anos, ter sido meu primeiro emprego, como estagiária do curso técnico que fazia.
E mudanças como essas exigem da gente posições que antes não precisávamos tomar. Exige senso de organização com o seu trabalho, senso de respeito a quem um dia vai vir e ocupar a sua cadeira, e senso de maturidade para aceitar e esperar sem demasiada ansiedade o que está por vir.
E, nessa de arrumar as coisas para a minha saída, o maior dilema com o qual me deparei foi um bem simples, porém grandioso e desastroso para mim: deletar a lixeira.
Sou do tipo que guarda roupas velhas desde a infância, e só doa ou joga fora quando a mãe obriga.
Sou do tipo que tem uma caixinha de lembranças onde guarda coisinhas importantes e especiais que tem guardado desde os 11 anos, onde, recentemente, descobri uma embalagem de um bombom Sonho de Valsa que ganhei do meu primeiro namorado, aos 13 anos. Na época, ele mal sonhava que eu gostava dele, e aquele bombom foi a coisa mais especial do ano.
Sou desse tipo que viaja pra outras cidades e compra lembrancinhas que lembrem a cidade, guarda no armário e nunca mais joga fora.
Sou de um tipo que não se desfaz de nada com medo de um dia precisar do que foi jogado fora. Me apego às pequenas coisas sem valor, numa tentativa de não esquecer nunca o que passou.
E então eu pergunto: como esvaziar uma lixeira que está ali, intacta há 18 meses?
Esvaziei.
Me sinto esvaziada.
40gB de lixo que foi embora, 40gB de mim que está vagando em algum lugar desconhecido.
Agora está tudo vazio, tudo limpo.
Me abro para o novo que está por vir, com expectativa de que tudo se encha rapidamente; com ansiedade de que o novo conteúdo seja melhor que o antigo; com esperança de que, dessa vez, leve mais tempo para que eu precise esvaziar tudo novamente.
E se aproxima a entrega das chaves.
A entrega das chaves é o símbolo do não-voltar, é o símbolo do recomeço, é o símbolo do novo.
É o fim, que venha o novo.
E mudanças como essas exigem da gente posições que antes não precisávamos tomar. Exige senso de organização com o seu trabalho, senso de respeito a quem um dia vai vir e ocupar a sua cadeira, e senso de maturidade para aceitar e esperar sem demasiada ansiedade o que está por vir.
E, nessa de arrumar as coisas para a minha saída, o maior dilema com o qual me deparei foi um bem simples, porém grandioso e desastroso para mim: deletar a lixeira.
Sou do tipo que guarda roupas velhas desde a infância, e só doa ou joga fora quando a mãe obriga.
Sou do tipo que tem uma caixinha de lembranças onde guarda coisinhas importantes e especiais que tem guardado desde os 11 anos, onde, recentemente, descobri uma embalagem de um bombom Sonho de Valsa que ganhei do meu primeiro namorado, aos 13 anos. Na época, ele mal sonhava que eu gostava dele, e aquele bombom foi a coisa mais especial do ano.
Sou desse tipo que viaja pra outras cidades e compra lembrancinhas que lembrem a cidade, guarda no armário e nunca mais joga fora.
Sou de um tipo que não se desfaz de nada com medo de um dia precisar do que foi jogado fora. Me apego às pequenas coisas sem valor, numa tentativa de não esquecer nunca o que passou.
E então eu pergunto: como esvaziar uma lixeira que está ali, intacta há 18 meses?
Esvaziei.
Me sinto esvaziada.
40gB de lixo que foi embora, 40gB de mim que está vagando em algum lugar desconhecido.
Agora está tudo vazio, tudo limpo.
Me abro para o novo que está por vir, com expectativa de que tudo se encha rapidamente; com ansiedade de que o novo conteúdo seja melhor que o antigo; com esperança de que, dessa vez, leve mais tempo para que eu precise esvaziar tudo novamente.
E se aproxima a entrega das chaves.
A entrega das chaves é o símbolo do não-voltar, é o símbolo do recomeço, é o símbolo do novo.
É o fim, que venha o novo.
terça-feira, 21 de setembro de 2010
Confusão no Metrô: 21/09/2010
Hoje deveria ser mais um dia tipicamente paulistano: população que acorda cedo, pega o ônibus, metrô, trem, tudo lotado, até chegar ao seu trabalho, não fosse (mais) um imprevisto no Metrô. E, hoje, a situação foi um pouco mais tensa do que o que já acontece de costume.
Às 7h30 da manhã, uma composição parou entre as estações Dom Pedro II e Sé. A parada foi longa, e aí já pode-se imaginar o efeito cascata que causou em todas as estações da linha vermelha em direção à Zona Leste, até Itaquera.
Dada a demora do reestabelecimento do serviço, as pessoas que estavam dentro das composições paradas ao longo de todas as estações começaram a descer dos trens, apertando os botões de emergência, forçando a abertura das portas, ou abrindo as janelas de emergência. A partir daí, já dá pra ter noção do caos: os trilhos ficaram tomados de gente, o Metrô foi obrigado a desernegizar a rede para evitar acidentes, e nada pôde voltar ao normal enquanto todos os usuários estavam nas linhas.
Desse horário até aproximadamente 10h30, quase as estações da Zona Leste fecharam os acessos pra evitar a superlotação, e estava devolvendo os bilhetes de quem desistia de pegar o metrô e saía da estação.
Mas o que me indigna nessa história toda e me motiva a fazer esse post com todas essas informações que já estão em todos os sites de notícias, é justamente a falta de respeito para com a população por parte da assessoria de imprensa do Metrô e também dos grandes meios de comunicação.
Acontece que, em qualquer lugar em que se lê/vê as notícias sobre o acontecido, a justificativa para a pane é que uma BLUSA impediu o fechamento de uma porta, e em seguida apertaram o botão vermelho de emergência, causando toda a pane e forçando o desligamento da rede.
E aí eu pergunto: ONDE É QUE ESTÁ A VERGONHA NA CARA dessa assessoria?
TODOS, repito: todos os paulistanos que estão acostumados a pegar metrô todos os dias no horário de pico sabem o quanto é comum essa cena: um objeto que impede o fechamento de uma porta, ou uma pessoa que passa mal e desmaia dentro do metrô por causa da lotação, e apertam o bendito botão vermelho de emergência.
Pra quem não conhece o funcionamento, explico. Quando o trem está parado na estação com as portas abertas e algum objeto impede o seu fechamento, o metrô não consegue sair. Pra isso servem os agentes de estação, que vão até a porta com o problema e resolvem. E, se em uma eventualidade o metrô conseguir partir mesmo com uma das portas com uma fresta aberta - o que é raro, quase impossível -, ele só vai parar na próxima estação. Outra situação: se uma pessoa passa mal dentro do metrô, os usuários apertam o dito botão vermelho e, na próxima estação, na porte onde houve a ocorrência, estará uma equipe de agentes prontos a fazer o atendimento. Ou seja: o metrô NUNCA para no meio dos trilhos pela justificativa dada pela assessoria.
O que me causa tanta raiva é saber que, com toda a certeza, essa foi só mais uma das falhas elétricas do metrô - que acontecem com frequencia -, mas que, como sempre, foi maquiada pela grande imprensa. Certas coisas que acontecem no metrô daqui nunca vão para a mídia, e não sei se pelo fato de o metrô ser um dos carros-chefes dos governos e prefeituras PSDBistas daqui. É só vocêm paulistano, pensar: quantas vezes você já foi prejudicado quando uma pessoa caiu ou se jogou nos trilhos na frente de um trem - obviamente morrendo - e parando todo o funcionamento do Metrô? Agora pense, dessas vezes, quantas você viu notícia na TV. Com toda a certeza, nenhuma.
Eu sempre achei que essas hitórias fossem uma espécie de lenda, até eu, com meus próprios olhos, ver um corpo de uma pessoa que tinha acabado de morrer no metrô. Foi na estação Tatuapé, fora do horário de pico. A estação foi evacuada e fechada, e o trem em que eu estava só passou por lá porque já estava no meio do caminho e não tinha como voltar, mas, de toda forma, não parou na estação. Ela estava cheia de agentes, policiais e bombeiros, mas não foi nada, absolutamente NADA divulgado na mídia.
Eu fico aqui, pensando com os meus botões, e tentando descobrir mais coisas bizarras que acontecem no Metrô de SP e a relação com a sua não-divulgação na grande imprensa.
•
A propósito, hoje foi inaugurada a Estação Tamanduateí, na Linha 2-Verde, e que fará integração com a linha de trens da CPTM que vai em direção a Mauá. Agora, moradores do ABC poderão chegar à região da Avenida Paulista em tempo recorde. Resta saber se a linha, que é magrinha, vai aguentar.
E que fique claro: não estou, aqui, adotando nenhuma posição política. Antes que venham apontar o dedão, não estou afirmando que o governo PSBD esconde as coisas que acontecem no metrô e nem, como uns militantes, tentando descobrir se isso foi arapuca do PT pra ofuscar a inauguração da nova estação, que era tão esperada.
quinta-feira, 9 de setembro de 2010
Estive olhando fotos antigas, blogs e fotologs, e-mails, cartas. Coisas que já passaram há muito tempo e das quais eu mal me lembrava, mas, ao ler e ver cada pequeno detalhe de histórias, amizades e amores passados, me dou conta de quanta coisa eu já vivi.
Não que o conteúdo seja tão grande assim: são apenas 20 de história, sendo que, desses, separo aproximadamente os últimos 8 para reconstituir a minha vida. Não é por conteúdo, mas por intensidade de sentimentos. Olhando meu antigo Flogão e meu antigo Fotolog (sim, eu já tive um de cada), relembro fatos há muito esquecidos, e parece que eu consigo revivê-los, ao vivo.
Um turbilhão de sentimentos me invade: alegrias vividas e mágoas a ser apagadas voltam com tudo. Fecho os olhos na tentativa de capturar melhor as cenas que passam diante de mim. Tento, em vão, tocar as pessoas que nelas estão. Não desisto, e tento ver melhor os pequenos detalhes, como os sorrisos, os olhos, as roupas, o jeito de andar, o som do riso.
Sinto-me boba vendo tudo o que eu já escrevi. Pareço uma mãe diante do diário secreta de sua filha adolescente. Curioso perceber como eu já escrevi e senti tanta bobagem. Curioso ver como, há 5, 6 ou 7 anos, tudo era tão simples e fácil. Vendo daqui, hoje, os meus casos e acasos dos 15 anos parecem as coisas mais superficiais que já existiram. Mas, naquela época, eu não tinha noção de que os 20 anos chegariam. Faculdade, trabalho, amor sério. Tudo era festa, confete e serpentina.
Não se trata de mais uma crise existencial, não. Isso eu sempre deixo para a semana do três de maio. Se trata de recuperar lembranças. Se trata de lembrar de gente que não vejo há anos, literalmente. Se trata de lembrar do meu (curto, é verdade) passado, e não conseguir evitar um sorriso no rosto, e a vontade de chorar. Se trata, então, de perceber o quanto a minha vida é boa. Com seus altos e baixos, minha é boa, e foi assim desde sempre.
Hoje sou feliz por ter esses diários guardados. Não tive diários escritos depois que saí dos 12 anos, mas esses tais blogs, flogs e o que mais quer que seja me ajudaram a lembrar um pouquinho do que eu fui. Preciso dar um jeito de guardá-los de maneira definitiva, porque, se um dia ou outro os servidores apagarem esses sites que mal funcionam hoje, aí eu vou sentir que, mais dia, menos dia, essas lembranças se apagarão pra sempre da minha mente.
Mudei, mas não muito. Continuo intensa em sentimentos, porém desconfiada. Já não me dou à amizade facilmente, e hoje tenho pouquíssimos amigos. Já não falo 'eu te amo' a quem acabei de conhecer, e já não me decepciono também, já que não espero mais muita coisa das pessoas. Às vezes, sinto falta das muitas amizades efusivas e espalhafatosas, que invadiam o meu espaço com meu consentimento. Hoje, tenho uns poucos, por quem mantenho profundo amor e respeito.
À parte isso, meus sentimentos estão amadurecendo. Hoje, tenho um amor pra chamar de meu: aquele amor que faz você querer noivar, casar, ter filhos, envelhecer e morrer junto. Porque já não é possível enxergar a minha vida sem o Isaac.
Guardo esse post, então, como mais um capítulo do meu diário. Provavelmente, vou olhá-lo daqui a 5 anos e pensar: 'meu Deus, como eu era boba e escrevia asneiras'!
Pois, se é assim, quero que a minha vida seja toda cheia de bobagens, regada à asneiras e, acima de tudo, com muita, mas muito intensidade.
Não que o conteúdo seja tão grande assim: são apenas 20 de história, sendo que, desses, separo aproximadamente os últimos 8 para reconstituir a minha vida. Não é por conteúdo, mas por intensidade de sentimentos. Olhando meu antigo Flogão e meu antigo Fotolog (sim, eu já tive um de cada), relembro fatos há muito esquecidos, e parece que eu consigo revivê-los, ao vivo.
Um turbilhão de sentimentos me invade: alegrias vividas e mágoas a ser apagadas voltam com tudo. Fecho os olhos na tentativa de capturar melhor as cenas que passam diante de mim. Tento, em vão, tocar as pessoas que nelas estão. Não desisto, e tento ver melhor os pequenos detalhes, como os sorrisos, os olhos, as roupas, o jeito de andar, o som do riso.
Sinto-me boba vendo tudo o que eu já escrevi. Pareço uma mãe diante do diário secreta de sua filha adolescente. Curioso perceber como eu já escrevi e senti tanta bobagem. Curioso ver como, há 5, 6 ou 7 anos, tudo era tão simples e fácil. Vendo daqui, hoje, os meus casos e acasos dos 15 anos parecem as coisas mais superficiais que já existiram. Mas, naquela época, eu não tinha noção de que os 20 anos chegariam. Faculdade, trabalho, amor sério. Tudo era festa, confete e serpentina.
Não se trata de mais uma crise existencial, não. Isso eu sempre deixo para a semana do três de maio. Se trata de recuperar lembranças. Se trata de lembrar de gente que não vejo há anos, literalmente. Se trata de lembrar do meu (curto, é verdade) passado, e não conseguir evitar um sorriso no rosto, e a vontade de chorar. Se trata, então, de perceber o quanto a minha vida é boa. Com seus altos e baixos, minha é boa, e foi assim desde sempre.
Hoje sou feliz por ter esses diários guardados. Não tive diários escritos depois que saí dos 12 anos, mas esses tais blogs, flogs e o que mais quer que seja me ajudaram a lembrar um pouquinho do que eu fui. Preciso dar um jeito de guardá-los de maneira definitiva, porque, se um dia ou outro os servidores apagarem esses sites que mal funcionam hoje, aí eu vou sentir que, mais dia, menos dia, essas lembranças se apagarão pra sempre da minha mente.
Mudei, mas não muito. Continuo intensa em sentimentos, porém desconfiada. Já não me dou à amizade facilmente, e hoje tenho pouquíssimos amigos. Já não falo 'eu te amo' a quem acabei de conhecer, e já não me decepciono também, já que não espero mais muita coisa das pessoas. Às vezes, sinto falta das muitas amizades efusivas e espalhafatosas, que invadiam o meu espaço com meu consentimento. Hoje, tenho uns poucos, por quem mantenho profundo amor e respeito.
À parte isso, meus sentimentos estão amadurecendo. Hoje, tenho um amor pra chamar de meu: aquele amor que faz você querer noivar, casar, ter filhos, envelhecer e morrer junto. Porque já não é possível enxergar a minha vida sem o Isaac.
Guardo esse post, então, como mais um capítulo do meu diário. Provavelmente, vou olhá-lo daqui a 5 anos e pensar: 'meu Deus, como eu era boba e escrevia asneiras'!
Pois, se é assim, quero que a minha vida seja toda cheia de bobagens, regada à asneiras e, acima de tudo, com muita, mas muito intensidade.
domingo, 22 de agosto de 2010
Notícias da Bienal (3)
Pra encerrar as minhas listas de compras:
Na Editora Leya Brasil (ela é portuguesa, se não me engano), comprei o Chico Buarque, primeiro livro do selo 'Histórias de Canções'.
Eu já tinha lido, emprestado da Biblioteca de São Paulo, a do Parque da Juventude, e me apaixonei perdidamente! Já era fã do Chico e, depois de conhecer a história das suas maiores composições, além de situá-las em um contexto cultural, minha paixão só aumentou. Além disso, tem projeto gráfico, diagramação e capa impecáveis!
Informação irrelevante: ponto pra Leya, que me deu um descontinho camarada por ser expositora lá na Bienal.
Agora, vem a minha aquisição mais docinho-de-coco-coisa-linda-de-mamãe: Alice no País das Maravilhas, edição da Cosac Naify.
Vale lembrar que o simples fato de ser um livro editado pela Cosac já o faz ser digno de compra, independente do preço. Aliás, os preços da Cosac são sempre salgados, mas eles fazem jus à qualidade impecável dos livros. Nesse quesito, a Cosac deu um mimo para os expositores: 40% de desconto! Assim, ficou impossível não comprar um dos seus livros mais bonitos.
Por incrível que pareça, nunca li Alice. Só assisti, e sou apaixonada pela animação da Disney.
Com a adaptação do Tim Burton (que por acaso considero totalmente dispensável), muitas editoras reeditaram o livro, e a Cosac saiu na frente de todas. A riqueza de detalhes das fotografias, recortes e colagens que ilustram as páginas é sem tamanho.
Indico!
E assim acaba a minha pequena lista de compras. Gostaria que ela fosse muito maior, mas não deu pra gastar mais que os R$ 208 gastos nessa brincadeira.
Em breve, atualizo a coluna à esquerda com os livros que estou lendo e os lidos recentemente.
E tem o meu Skoob, que é atualizado quase que diariamente.
E que venham muitos outros livros!
Na Editora Leya Brasil (ela é portuguesa, se não me engano), comprei o Chico Buarque, primeiro livro do selo 'Histórias de Canções'.
Eu já tinha lido, emprestado da Biblioteca de São Paulo, a do Parque da Juventude, e me apaixonei perdidamente! Já era fã do Chico e, depois de conhecer a história das suas maiores composições, além de situá-las em um contexto cultural, minha paixão só aumentou. Além disso, tem projeto gráfico, diagramação e capa impecáveis!
Informação irrelevante: ponto pra Leya, que me deu um descontinho camarada por ser expositora lá na Bienal.
Agora, vem a minha aquisição mais docinho-de-coco-coisa-linda-de-mamãe: Alice no País das Maravilhas, edição da Cosac Naify.
Vale lembrar que o simples fato de ser um livro editado pela Cosac já o faz ser digno de compra, independente do preço. Aliás, os preços da Cosac são sempre salgados, mas eles fazem jus à qualidade impecável dos livros. Nesse quesito, a Cosac deu um mimo para os expositores: 40% de desconto! Assim, ficou impossível não comprar um dos seus livros mais bonitos.
Por incrível que pareça, nunca li Alice. Só assisti, e sou apaixonada pela animação da Disney.
Com a adaptação do Tim Burton (que por acaso considero totalmente dispensável), muitas editoras reeditaram o livro, e a Cosac saiu na frente de todas. A riqueza de detalhes das fotografias, recortes e colagens que ilustram as páginas é sem tamanho.
Indico!
***
E assim acaba a minha pequena lista de compras. Gostaria que ela fosse muito maior, mas não deu pra gastar mais que os R$ 208 gastos nessa brincadeira.
Em breve, atualizo a coluna à esquerda com os livros que estou lendo e os lidos recentemente.
E tem o meu Skoob, que é atualizado quase que diariamente.
E que venham muitos outros livros!
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
Notícias da Bienal (2)
Continuando a lista de compras, passei na Editora Vida pra gastar minha 'cota cristã'.
O estande está relativamente sem graça, assim como todas as outras editoras que compõem o grupo ASEC, e os descontos não estão bons. Os preços encontrados lá são os mesmos que se encontram na Rua Conde de Sarzedas. Além disso, também achei o atendimento fraco.
Vamos à lista:
1 - A Igreja na Cultura Emergente: 5 pontos de vista - Leonard Sweet
Não conhecia, mas a polêmica que envolve a 'Igreja Emergente' muito me interessa. Entre esses 5 pontos de vista, estão os do Brian McLaren e Erwin McManus, que também me intrigam. A capa também é muito bonita, o que facilita a simpatia e a vontade de comprar. Nota: a diagramação desse livro é ruim, bem ruim.
2 - Deus e Sexo - Rob Bell
É o terceiro - e acredito que seja o mais polêmico - livro de Rob Bell. Os outros dois são Jesus quer salvar os cristãos e Repintando a Igreja. Nesse, ele expõe dua ideia sobre a conexão entre sexo e espiritualidade. Vamos ver o que ele tem a dizer sobre isso...
Rob Bell é comentadíssimo: amado pela 'emergente' e odiado por uns tantos outros. É o criador da série Nooma, em que, através de pequenos vídeos (com duração média de 10 minutos), transmite seu ponto de vista, à luz das escrituras, sobre determinado aspecto da vida. Apesar do tom de auto-ajuda em alguns dos vídeos (acho que já passaram de 20), valem a pena ser vistos, e que cada um tire a sua própria conclusão sobre.
3- O Problema do Sofrimento - C. S. Lewis
Lewis, para mim, é um caso à parte, que dispensa qualquer comentário. Mas, para não parecer preguiça, lá vamos: em O Problema do Sofrimento, Lewis expõe sua visão sobre o sofrimento. Assim, simples. O caso é que, pouco tempo após ter escrito esse livro, ele perdeu sua esposa, Joy, o que, obviamente, lhe causou tamanha dor e desespero, que ele jamais havia previsto nesse livro. Então, ele escreve A Anatomia de uma Dor: um luto em observação, em que ele escreve sob outro prisma, o seu próprio, o que é, de fato, dor. O segundo eu já li e, apesar de nunca ter passado por essa situação, achei sensacional pela humanidade que há no livro. Daí a vontade de ler o primeiro.
C. S. Lewis é, para mim, um dos maiores autores - entre cristãos e não cristãos - que já existiram. É autor de livros como Cristianismo Puro e Simples e Os Quatro Amores e, o mais conhecido dele, a série Crônicas de Nárnia, que faz sucesso entre gente de todas as idades e credos.
Enfim, hora de dormir. Amanhã tem mais Bienal. #partiu
O estande está relativamente sem graça, assim como todas as outras editoras que compõem o grupo ASEC, e os descontos não estão bons. Os preços encontrados lá são os mesmos que se encontram na Rua Conde de Sarzedas. Além disso, também achei o atendimento fraco.
Vamos à lista:
1 - A Igreja na Cultura Emergente: 5 pontos de vista - Leonard Sweet
Não conhecia, mas a polêmica que envolve a 'Igreja Emergente' muito me interessa. Entre esses 5 pontos de vista, estão os do Brian McLaren e Erwin McManus, que também me intrigam. A capa também é muito bonita, o que facilita a simpatia e a vontade de comprar. Nota: a diagramação desse livro é ruim, bem ruim.
2 - Deus e Sexo - Rob Bell
É o terceiro - e acredito que seja o mais polêmico - livro de Rob Bell. Os outros dois são Jesus quer salvar os cristãos e Repintando a Igreja. Nesse, ele expõe dua ideia sobre a conexão entre sexo e espiritualidade. Vamos ver o que ele tem a dizer sobre isso...
Rob Bell é comentadíssimo: amado pela 'emergente' e odiado por uns tantos outros. É o criador da série Nooma, em que, através de pequenos vídeos (com duração média de 10 minutos), transmite seu ponto de vista, à luz das escrituras, sobre determinado aspecto da vida. Apesar do tom de auto-ajuda em alguns dos vídeos (acho que já passaram de 20), valem a pena ser vistos, e que cada um tire a sua própria conclusão sobre.
3- O Problema do Sofrimento - C. S. Lewis
Lewis, para mim, é um caso à parte, que dispensa qualquer comentário. Mas, para não parecer preguiça, lá vamos: em O Problema do Sofrimento, Lewis expõe sua visão sobre o sofrimento. Assim, simples. O caso é que, pouco tempo após ter escrito esse livro, ele perdeu sua esposa, Joy, o que, obviamente, lhe causou tamanha dor e desespero, que ele jamais havia previsto nesse livro. Então, ele escreve A Anatomia de uma Dor: um luto em observação, em que ele escreve sob outro prisma, o seu próprio, o que é, de fato, dor. O segundo eu já li e, apesar de nunca ter passado por essa situação, achei sensacional pela humanidade que há no livro. Daí a vontade de ler o primeiro.
C. S. Lewis é, para mim, um dos maiores autores - entre cristãos e não cristãos - que já existiram. É autor de livros como Cristianismo Puro e Simples e Os Quatro Amores e, o mais conhecido dele, a série Crônicas de Nárnia, que faz sucesso entre gente de todas as idades e credos.
Enfim, hora de dormir. Amanhã tem mais Bienal. #partiu
sábado, 14 de agosto de 2010
Notícias da Bienal
Essa semana começou a 21ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo.
Não bastasse a minha visita à Bienal ser obrigatória devido à minha paixão por livros, nessa edição tive um incentivo extra: estou trabalhando na feira. A editora em que trabalho, a Porto de Ideias, está expondo lá pela primeira vez, e aí eu estou me revezando entre ser diagramadora e atendente.
E só posso dizer uma coisa: é uma de-lí-cia.
É maravilhoso poder trabalhar rodeada por livros, de todos os tipos, gêneros, editoras, enfim... me sinto em casa!
Fato é que hoje (dia de folga da Bienal), eu tirei a noite pra ir fazer minhas tão esperadas comprinhas. Tinha me comprometido a comprar no máximo dois livros, já que o orçamento anda apertado, mas não resisti e voltei pra casa com oito livros. Ó, excelentes aquisições a preço camarada!
Segue a lista:
Garimpo Editorial
Tem um estande bem pequenininho, mas os poucos livros que estão expostos lá tem qualidade garantida. Pra quem segue a máxima de que o que importa é a qualidade e não a qualidade, esse é o estande ideal!
O que mais gosto da Garimpo é que eles defendem os valores cristãos, sem carregar a bandeira do gospel. Acho isso excelente porque, para mim, todo rótulo é deficiente, afasta e facilita a criação de pré-conceitos. Ah! E seus livros valem 100% pela qualidade, além da beleza gráfica das peças.
E, na Bienal, encantou também, o atendimento! Infelizmente não lembro os nomes das pessoas que me atenderam, mas foram todos extremamente atenciosos.
Lista:
1 - Um Milhão de Quilômetros em Mil Anos, Donald Miller.
Eu já estava mesmo doida por esse livro desde o lançamento. É do mesmo autor de Como os Pinguins me Ajudaram a Entender Deus, em que Donald relata as suas experiências e descobertas de o que é ser um cristão, e Fé em Deus e Pé na Tábua, em que Donald conta como foi a aventura de sair de sua cidade (Texas) e ir até o Grand Canyon com apenas um amigo, Paul, e uma kombi velha. Os dois são excelentes!
2 - Encontros Sagrados, Tamara Park.
Descreve a aventura da autora, que percorreu várias cidades, de Roma a Jerusalém, e precisou lidar com conflitos étnicos, sociais e espirituais das três maiores religiões monoteístas do mundo: cristianismo, judaísmo e islamismo.
3 - A Grande Lacuna - A Omissão que compromete a Missão, Richard Stearns.
Esse eu não conhecia, mas o Isaac - o namorado também viciado em livros - me convenceu a comprar. De qualquer forma, se o conteúdo cumprir o subtítulo, certeza de que vai ser uma excelente leitura. Quando eu terminar, volto aqui pra deixar minhas impressões.
E a lista continua depois, já que amanhã é dia de trabalho na Bienal e já passa da meia-noite. #partiu
Não bastasse a minha visita à Bienal ser obrigatória devido à minha paixão por livros, nessa edição tive um incentivo extra: estou trabalhando na feira. A editora em que trabalho, a Porto de Ideias, está expondo lá pela primeira vez, e aí eu estou me revezando entre ser diagramadora e atendente.
E só posso dizer uma coisa: é uma de-lí-cia.
É maravilhoso poder trabalhar rodeada por livros, de todos os tipos, gêneros, editoras, enfim... me sinto em casa!
Fato é que hoje (dia de folga da Bienal), eu tirei a noite pra ir fazer minhas tão esperadas comprinhas. Tinha me comprometido a comprar no máximo dois livros, já que o orçamento anda apertado, mas não resisti e voltei pra casa com oito livros. Ó, excelentes aquisições a preço camarada!
Segue a lista:
Garimpo Editorial
Tem um estande bem pequenininho, mas os poucos livros que estão expostos lá tem qualidade garantida. Pra quem segue a máxima de que o que importa é a qualidade e não a qualidade, esse é o estande ideal!
O que mais gosto da Garimpo é que eles defendem os valores cristãos, sem carregar a bandeira do gospel. Acho isso excelente porque, para mim, todo rótulo é deficiente, afasta e facilita a criação de pré-conceitos. Ah! E seus livros valem 100% pela qualidade, além da beleza gráfica das peças.
E, na Bienal, encantou também, o atendimento! Infelizmente não lembro os nomes das pessoas que me atenderam, mas foram todos extremamente atenciosos.
Lista:
1 - Um Milhão de Quilômetros em Mil Anos, Donald Miller.
Eu já estava mesmo doida por esse livro desde o lançamento. É do mesmo autor de Como os Pinguins me Ajudaram a Entender Deus, em que Donald relata as suas experiências e descobertas de o que é ser um cristão, e Fé em Deus e Pé na Tábua, em que Donald conta como foi a aventura de sair de sua cidade (Texas) e ir até o Grand Canyon com apenas um amigo, Paul, e uma kombi velha. Os dois são excelentes!
2 - Encontros Sagrados, Tamara Park.
Descreve a aventura da autora, que percorreu várias cidades, de Roma a Jerusalém, e precisou lidar com conflitos étnicos, sociais e espirituais das três maiores religiões monoteístas do mundo: cristianismo, judaísmo e islamismo.
3 - A Grande Lacuna - A Omissão que compromete a Missão, Richard Stearns.
Esse eu não conhecia, mas o Isaac - o namorado também viciado em livros - me convenceu a comprar. De qualquer forma, se o conteúdo cumprir o subtítulo, certeza de que vai ser uma excelente leitura. Quando eu terminar, volto aqui pra deixar minhas impressões.
E a lista continua depois, já que amanhã é dia de trabalho na Bienal e já passa da meia-noite. #partiu
segunda-feira, 2 de agosto de 2010
Sobre Missões
Julho acaba de passar e, com ele, mais um mês de férias. Pra ir direto ao assunto, acaba de passar mais um mês em que acontecem uma profusão de projetos missionários com jovens que usam as férias para ir para o 'campo missionário'.
E, caso alguém leia esse texto e pense que trata-se de uma indireta, pode ir tirando a carapuça: todas - ou pelo menos quase todas - as igrejas propõem esse tipo de projeto. A minha igreja faz isso, a sua também faz, aquela outra igreja famosa também, e a menorzinha até que tenta, embora nem sempre obtenha sucesso.
O caso é que, na minha opinião, essa prática causa um péssimo hábito, que já está infiltrado nos irmãos mais velhos e que, cada vez mais, toma conta dos jovens.
Não me compreenda mal: de forma alguma estou dizendo que 'projetos missionários nas férias' são irrelevantes ou desnecessários. Obviamente que todo trabalho é válido, principalmente se considerarmos as pessoas que são alcançadas com esses projetos.
O problema é que, com a prática, acaba-se criando um conceito de Missões que só podem acontecer quando o estudante está de férias, e nunca durante a sua rotina usual (e peço perdão pela redundância).
O estudante, que de fevereiro à junho é apenas estudante, jovem, amigo, filho e companheiro, deixa de ser tudo isso para ser missionário. Abandonam-se os jalecos, as pastas de desenho, os computadores e os cálculos e vestem-se as capas e crachás de missionários. Ao fim de julho, os então missionários despem-se dessas capas e volta-se à vida corriqueira: faculdade-casa-igreja-casa-faculdade. Volta-se a ser estudante, jovem, amigo, filho.
O que eu não entendo e não aceito é essa separação. Ora, não se pode ser missionário e ser estudante-jovem-amigo-filho ao mesmo tempo?
É o velho conceito de que Missões só se fazem fora da sua área de convivência habitual. Se é paulista, missões devem ser feitas apenas no sertão nordestino, favelas cariocas ou países africanos. Não sei como esse conceito funciona para pessoas que vivem nessas regiões; se eles fazem missões por lá mesmo ou se descem para as bandas de cá.
O que sei é que São Paulo está GRITANDO por socorro. Está gritando por ajuda missionária de todas as formas. São as tais missões urbanas, que eu tanto carrego a bandeira. Missões transculturais são e sempre serão importantes, necessárias e essenciais, mas é preciso que os estudantes-missionários-de-férias também olhem para a própria cidade.
Acordem! Não é só o sertão nordestino que precisa de ajuda. Basta uma visita à Cidade Tiradentes para entender do que eu estou falando.
Está na hora de entendermos que Missões se fazem a todo momento! Não é preciso esperar a chegada das férias, ou um feriado prolongado. Instituições que trabalham com Missões Urbanas estão trabalhando de segunda à segunda em prol da nossa cidade. Missões se fazem semanalmente. Missões precisam de uma continuidade. Missões precisam de solidez. Missões precisam de força, união e persistência.
Enfim.
E, caso alguém leia esse texto e pense que trata-se de uma indireta, pode ir tirando a carapuça: todas - ou pelo menos quase todas - as igrejas propõem esse tipo de projeto. A minha igreja faz isso, a sua também faz, aquela outra igreja famosa também, e a menorzinha até que tenta, embora nem sempre obtenha sucesso.
O caso é que, na minha opinião, essa prática causa um péssimo hábito, que já está infiltrado nos irmãos mais velhos e que, cada vez mais, toma conta dos jovens.
Não me compreenda mal: de forma alguma estou dizendo que 'projetos missionários nas férias' são irrelevantes ou desnecessários. Obviamente que todo trabalho é válido, principalmente se considerarmos as pessoas que são alcançadas com esses projetos.
O problema é que, com a prática, acaba-se criando um conceito de Missões que só podem acontecer quando o estudante está de férias, e nunca durante a sua rotina usual (e peço perdão pela redundância).
O estudante, que de fevereiro à junho é apenas estudante, jovem, amigo, filho e companheiro, deixa de ser tudo isso para ser missionário. Abandonam-se os jalecos, as pastas de desenho, os computadores e os cálculos e vestem-se as capas e crachás de missionários. Ao fim de julho, os então missionários despem-se dessas capas e volta-se à vida corriqueira: faculdade-casa-igreja-casa-faculdade. Volta-se a ser estudante, jovem, amigo, filho.
O que eu não entendo e não aceito é essa separação. Ora, não se pode ser missionário e ser estudante-jovem-amigo-filho ao mesmo tempo?
É o velho conceito de que Missões só se fazem fora da sua área de convivência habitual. Se é paulista, missões devem ser feitas apenas no sertão nordestino, favelas cariocas ou países africanos. Não sei como esse conceito funciona para pessoas que vivem nessas regiões; se eles fazem missões por lá mesmo ou se descem para as bandas de cá.
O que sei é que São Paulo está GRITANDO por socorro. Está gritando por ajuda missionária de todas as formas. São as tais missões urbanas, que eu tanto carrego a bandeira. Missões transculturais são e sempre serão importantes, necessárias e essenciais, mas é preciso que os estudantes-missionários-de-férias também olhem para a própria cidade.
Acordem! Não é só o sertão nordestino que precisa de ajuda. Basta uma visita à Cidade Tiradentes para entender do que eu estou falando.
Está na hora de entendermos que Missões se fazem a todo momento! Não é preciso esperar a chegada das férias, ou um feriado prolongado. Instituições que trabalham com Missões Urbanas estão trabalhando de segunda à segunda em prol da nossa cidade. Missões se fazem semanalmente. Missões precisam de uma continuidade. Missões precisam de solidez. Missões precisam de força, união e persistência.
Enfim.
sexta-feira, 30 de julho de 2010
segunda-feira, 26 de julho de 2010
O gato do meu vizinho
Meu vizinho tem um gato.
O gato do meu vizinho parece uma vaca, porque é branco e tem grandes manchas pretas, além de ser enorme e gordo.
Ontem descobri que, na verdade, meu vizinho tem duas vacas.
Talvez seja uma vaca e um boi, já que um tem as manchas marrons ao invés de pretas.
Isso não quer dizer necessariamente que os bichanos são de sexos diferentes só porque são de cores distintas, mas meu cérebro achou agradável que fosse assim.
O problema é que essas vacas, ou essa vaca e esse boi, ou esse gado, ou esses gatos, sempre me assustam. Pulam no meu quintal e, de tão grandes que são, meu cérebro dispara a informação de que é um ladrão invadindo minha casa. Mas não, é só o gado do meu vizinho.
Ontem, já de madrugada, fiz uma nova descoberta: os monstros do meu vizinho não fazem nem muuu, nem miau, como era de se esperar.
Os monstros do meu vizinho fazem au au.
Já não sei se se trata de gatos, vacas, bois ou cachorros. Acho mesmo é que são monstros mutantes.
E eu juro que essa história é verdadeira. Juro pelos monstros do meu vizinho.
O gato do meu vizinho parece uma vaca, porque é branco e tem grandes manchas pretas, além de ser enorme e gordo.
Ontem descobri que, na verdade, meu vizinho tem duas vacas.
Talvez seja uma vaca e um boi, já que um tem as manchas marrons ao invés de pretas.
Isso não quer dizer necessariamente que os bichanos são de sexos diferentes só porque são de cores distintas, mas meu cérebro achou agradável que fosse assim.
O problema é que essas vacas, ou essa vaca e esse boi, ou esse gado, ou esses gatos, sempre me assustam. Pulam no meu quintal e, de tão grandes que são, meu cérebro dispara a informação de que é um ladrão invadindo minha casa. Mas não, é só o gado do meu vizinho.
Ontem, já de madrugada, fiz uma nova descoberta: os monstros do meu vizinho não fazem nem muuu, nem miau, como era de se esperar.
Os monstros do meu vizinho fazem au au.
Já não sei se se trata de gatos, vacas, bois ou cachorros. Acho mesmo é que são monstros mutantes.
E eu juro que essa história é verdadeira. Juro pelos monstros do meu vizinho.
quinta-feira, 22 de julho de 2010
Cansei
Cansei.
Cansei da mesmice, cansei da rotina.
Cansei do trajeto diário.
Cansei de não poder observar o dia ensolarado.
Cansei das roupas, cansei do cabelo.
Cansei.
Eu quero o inesperado, eu quero a surpresa.
Eu preciso de novidade.
Cansei de tanta ansiedade.
Cansei da mesmice, cansei da rotina.
Cansei do trajeto diário.
Cansei de não poder observar o dia ensolarado.
Cansei das roupas, cansei do cabelo.
Cansei.
Eu quero o inesperado, eu quero a surpresa.
Eu preciso de novidade.
Cansei de tanta ansiedade.
quarta-feira, 21 de julho de 2010
Noturno do Chile - Roberto Bolaño
"E, à medida que você se aproximava do centro da cidade, as ruas iam perdendo esse amarelo ofensivo para se transformar em ruas cinzentas, ordenadas e aceradas, se bem que eu soubesse que debaixo do cinza, por pouco que se raspasse, achava-se o amarelo."
terça-feira, 20 de julho de 2010
Dia do amigo
Hoje é dia do amigo. Estão dizendo, e eu acredito. Mas tenho certeza de que, até o fim do ano, aparecerão com mais uns dois ou três dias do amigo. Enfim, qual importância esse dia tem mesmo?
C.S. Lewis1, um dos meus escritores favoritos, disse em seu livro Os Quatro Amores2 que a amizade nasce no exato instante em que, em uma conversa, uma pessoa diz para a outra: "Jura? Você também? Pensei que eu era o único."
Ele disse também, no mesmo livro, que
Já postei aqui nesse blog, há alguns meses, um dos meus extraídos favoritos sobre a amizade. Ele se encontra aqui, e é de Cícero, em um ensaio dedicado à esse sentimento que Deus nos deu de presente. Ainda não tive a oportunidade de ler o texto na integra, e aqui fica o lembrete e cobrança para mim mesma.
E eu poderia ficar aqui horas, horas e horas explanando sobre a amizade, e sobre a grandeza e infinitude que essa espécie de amor pode acrescentar em nossa vida, mas não é exatamente essa a intenção nesse exato momento.
É pra ser como um desabafo. Um desabafo de quem, por incontáveis vezes, viu suas amizades escorrendo pelos seus dedos. Hoje, ao olhar para trás, é quase impossível mensurar as causas e apontar os culpados - e isso não faria a menor diferença - pela amizade ter se dissolvido.
Algumas vezes, confesso, foi desatenção minha. Outras vezes, juro, corri atrás, me esforcei e relevei muitas coisas até que não pude mais sustentar a amizade.
Mas o que importa realmente é que, de todas aquelas que foram verdadeiras, ainda guardo as melhores lembranças. A verdade é que, passado tanto tempo, os pontos negativos acabam se dissipando da memória e só ficam guardados os bons momentos, que produzem essa saudade e nostalgia que insistem em me atormentar costumeiramente.
Não sou pessoa de muitos amigos. Tenho a maior facilidade do mundo para me dar bem com todos, mas daí a chamar de amigo, preciso de muita caminhada. Minha confiança para a amizade não é simples de conquistar, e basta uma falha para que a confiança conquistada caia, digamos baixo, uns cinquenta por cento.
Não consigo chamar a todos os meus conhecidos de amigos. Não dá, não desce. Amigo é aquele que me aguenta - o que, digamos de passagem, não é tarefa fácil -, suporta - no sentido bíblico da palavra - e ama. Sim, porque apesar de toda a aparente frieza, não há coisa melhor do que me sentir amada. E posso ser amada por umas poucas pessoas só - talvez até apenas uma - , não preciso - e nem saberia lidar - com muita atenção vinda de diversos lugares.
Mas, aonde é que estou querendo chegar mesmo? Não sei. Sou capaz de estourar o limites de caracteres para um post - se é que existe, já que nunca tentei chegar até o fim.
Então à vocês, meus poucos (pouquíssimos) amigos, com destaque e tudo, meu muito obrigada pelo amor e carinho. Eu amo vocês.
1 C.S. Lewis é o autor de Crônicas de Nárnia, sucesso infanto-juvenil em todo o mundo. Mas sa obra vai muito além dessa criação, e sua leitura é altamente recomendável à quem se interessa por conhecer um pouco mais do ser humano, sua relação com Deus e com seus semelhantes.
2 Em Os Quatro Amores, C.S. Lewis aborda os aspectos da Afeição, do Eros, da Amizade e da Caridade (o amor citado em Coríntios 13). Tem uma leitura leve e deliciosa, altamente recomendável. Editado pela Martins Fontes Editora.
C.S. Lewis1, um dos meus escritores favoritos, disse em seu livro Os Quatro Amores2 que a amizade nasce no exato instante em que, em uma conversa, uma pessoa diz para a outra: "Jura? Você também? Pensei que eu era o único."
Ele disse também, no mesmo livro, que
"A Amizade é desnecessária - como a filosofia, como a arte, como o próprio universo (pois Deus não precisava criar). Ela não tem valor de sobrevivência; ela é, antes, uma das coisas que dão valor à sobrevivência."
Já postei aqui nesse blog, há alguns meses, um dos meus extraídos favoritos sobre a amizade. Ele se encontra aqui, e é de Cícero, em um ensaio dedicado à esse sentimento que Deus nos deu de presente. Ainda não tive a oportunidade de ler o texto na integra, e aqui fica o lembrete e cobrança para mim mesma.
E eu poderia ficar aqui horas, horas e horas explanando sobre a amizade, e sobre a grandeza e infinitude que essa espécie de amor pode acrescentar em nossa vida, mas não é exatamente essa a intenção nesse exato momento.
É pra ser como um desabafo. Um desabafo de quem, por incontáveis vezes, viu suas amizades escorrendo pelos seus dedos. Hoje, ao olhar para trás, é quase impossível mensurar as causas e apontar os culpados - e isso não faria a menor diferença - pela amizade ter se dissolvido.
Algumas vezes, confesso, foi desatenção minha. Outras vezes, juro, corri atrás, me esforcei e relevei muitas coisas até que não pude mais sustentar a amizade.
Mas o que importa realmente é que, de todas aquelas que foram verdadeiras, ainda guardo as melhores lembranças. A verdade é que, passado tanto tempo, os pontos negativos acabam se dissipando da memória e só ficam guardados os bons momentos, que produzem essa saudade e nostalgia que insistem em me atormentar costumeiramente.
Não sou pessoa de muitos amigos. Tenho a maior facilidade do mundo para me dar bem com todos, mas daí a chamar de amigo, preciso de muita caminhada. Minha confiança para a amizade não é simples de conquistar, e basta uma falha para que a confiança conquistada caia, digamos baixo, uns cinquenta por cento.
Não consigo chamar a todos os meus conhecidos de amigos. Não dá, não desce. Amigo é aquele que me aguenta - o que, digamos de passagem, não é tarefa fácil -, suporta - no sentido bíblico da palavra - e ama. Sim, porque apesar de toda a aparente frieza, não há coisa melhor do que me sentir amada. E posso ser amada por umas poucas pessoas só - talvez até apenas uma - , não preciso - e nem saberia lidar - com muita atenção vinda de diversos lugares.
Mas, aonde é que estou querendo chegar mesmo? Não sei. Sou capaz de estourar o limites de caracteres para um post - se é que existe, já que nunca tentei chegar até o fim.
Então à vocês, meus poucos (pouquíssimos) amigos, com destaque e tudo, meu muito obrigada pelo amor e carinho. Eu amo vocês.
1 C.S. Lewis é o autor de Crônicas de Nárnia, sucesso infanto-juvenil em todo o mundo. Mas sa obra vai muito além dessa criação, e sua leitura é altamente recomendável à quem se interessa por conhecer um pouco mais do ser humano, sua relação com Deus e com seus semelhantes.
2 Em Os Quatro Amores, C.S. Lewis aborda os aspectos da Afeição, do Eros, da Amizade e da Caridade (o amor citado em Coríntios 13). Tem uma leitura leve e deliciosa, altamente recomendável. Editado pela Martins Fontes Editora.
segunda-feira, 19 de julho de 2010
Aos dois
Eu bem queria escrever nesse exato momento, algo profundo, extenso e belo.
Mas fogem-me a inspiração, a criatividade, o assunto.
Foge-me o momento.
Fujo para dentro de mim, e lá encontro uma infinidade de coisas a serem colocadas no papel.
Mas fogem-me as palavras.
Foge-me a oportunidade de expor a mim mesma; expor os meus mais profundos medos, anseios temores.
Abraço a oportunidade de por um momento me reservar, e fazer com que tudo aquilo que está guardado, continue em segredo.
Mas os meus segredos, todos - aqueles maiores e os mais bobos - todos vocês já sabem.
Sim, vocês dois já sabem. Vocês dois que habitam parcela tão grande do meu coração, já tem conhecimento de tudo o que eu um dia poderia querer colocar em palavras.
Antes, vocês dois conhecem muito mais de mim do que eu mesma.
Vocês dois, que podem colocar as palavras corretas em minha boca, e mesmo assim permitem que eu fale, fale, fale. Permitem que eu coloque para fora tudo o que eu preciso, para depois dizer que tudo vai acabar bem
Vocês, que nunca perdem a paciência comigo, com meus deslizes, com minhas infantilidades.
Vocês que sempre terão um sorriso no rosto que me dará todo o conforto necessário.
Vocês que estão o tempo todo a me cercar, e buscar sempre o melhor para mim, sem em nenhum momento ferir a minha liberdade.
Vocês, que estão sempre por perto e prontos a me segurar quando eu cair, e que sempre me farão acreditar que realmente tudo vai acabar bem.
À vocês dois o meu eu te amo mais sincero.
À Você, obrigada pelo presente.
À você, obrigada pela presença.
Mas fogem-me a inspiração, a criatividade, o assunto.
Foge-me o momento.
Fujo para dentro de mim, e lá encontro uma infinidade de coisas a serem colocadas no papel.
Mas fogem-me as palavras.
Foge-me a oportunidade de expor a mim mesma; expor os meus mais profundos medos, anseios temores.
Abraço a oportunidade de por um momento me reservar, e fazer com que tudo aquilo que está guardado, continue em segredo.
Mas os meus segredos, todos - aqueles maiores e os mais bobos - todos vocês já sabem.
Sim, vocês dois já sabem. Vocês dois que habitam parcela tão grande do meu coração, já tem conhecimento de tudo o que eu um dia poderia querer colocar em palavras.
Antes, vocês dois conhecem muito mais de mim do que eu mesma.
Vocês dois, que podem colocar as palavras corretas em minha boca, e mesmo assim permitem que eu fale, fale, fale. Permitem que eu coloque para fora tudo o que eu preciso, para depois dizer que tudo vai acabar bem
Vocês, que nunca perdem a paciência comigo, com meus deslizes, com minhas infantilidades.
Vocês que sempre terão um sorriso no rosto que me dará todo o conforto necessário.
Vocês que estão o tempo todo a me cercar, e buscar sempre o melhor para mim, sem em nenhum momento ferir a minha liberdade.
Vocês, que estão sempre por perto e prontos a me segurar quando eu cair, e que sempre me farão acreditar que realmente tudo vai acabar bem.
À vocês dois o meu eu te amo mais sincero.
À Você, obrigada pelo presente.
À você, obrigada pela presença.
sexta-feira, 2 de julho de 2010
Pra frente, Brasil!
... salve a seleção
Qual é, Brasil?
Onde está agora todo o patriotismo que aparece apenas de 4 em 4 anos, Brasil?
Vai guardar o patriotismo pelo menos até as eleições, Brasil?
O amor ao país, à bandeira, ao hino, vai colocar onde, Brasil?
Ah, Brasil. Você é muito mais que futebol, Brasil.
Pra frente, Brasil!
Chega de amor falso, chega de efusismo, vamos ao que é prático.
Todo carnaval tem seu fim, Brasil. Acorda.
Qual é, Brasil?
Onde está agora todo o patriotismo que aparece apenas de 4 em 4 anos, Brasil?
Vai guardar o patriotismo pelo menos até as eleições, Brasil?
O amor ao país, à bandeira, ao hino, vai colocar onde, Brasil?
Ah, Brasil. Você é muito mais que futebol, Brasil.
Pra frente, Brasil!
Chega de amor falso, chega de efusismo, vamos ao que é prático.
Todo carnaval tem seu fim, Brasil. Acorda.
domingo, 27 de junho de 2010
O fim de um ciclo
A equipe do One Day SP chegou ao fim de um ciclo de sua nova fase.
Foram 5 meses de trabalho com crianças em uma igreja na cidade de Suzano.
O objetivo inicial era trabalhar com crianças carentes da região, mas, com o passar da semana, o grupo de crianças reduziu-se praticamente às que já participavam da escola bíblica dominical da igreja. Se por alguma falha nossa com divulgação, ou se por plano de Deus, isso não foi nenhum problema.
Conseguimos ver, com o passar das semanas, a clara evolução das crianças no que diz respeito à convivência, amizade, disciplina, respeito, espírito de equipe, ideias acerca de Deus; fatores tão importantes na formação de indivíduos.
A grande verdade é que nenhum de nós imaginava que nos apegaríamos tanto à essas crianças; que as oficinas, que aparentemente tão simplórias, criariam um elo tão grande entre nós. E é aí que mora o grande aprendizado desse semestre: o que vai permanecer é o que você ensinou com a sua vida, com a sua convivência; o que você ensinou em termos teóricos, isso é secundário.
E a certeza desse apego só veio ontem, na última oficina que tivemos. Infelizmente, só estavam nesse momento o Will, Isaac, Carol Sertório, Bráulio e eu, porque os outros tiveram alguns compromissos inadiáveis. Tenho certeza de que o que nós cinco presenciamos ali não se apagará tão cedo: crianças, com as quais convivemos por tão pouco tempo, pedindo a Deus em oração que nós não nos esquecêssemos dele e fôssemos visitá-los no próximo semestre. Um já quase adolescente, que se dirigiu à Carol e perguntou: "tia, vocês são mesmo OBRIGADOS a sair daqui?". Quando perguntados o que eles achavam que poderia ter sido melhor nesse período, o mais peralta respondeu: "Eu queria que o Pezão tivesse vindo mais vezes", outro disse que "eu queria que vocês não fossem embora daqui".
Ah, coração enganoso! Porque não nos avisou que teríamos essa surpresa?
A partir de agosto, nos uniremos em parceria com a ONG Nossa Pátria, que fica em Poá, ao lado de Suzano. Lá, teremos um trabalho parecido com o de Suzano, mas em uma escala muito maior: trabalharemos em uma escola cedida pela prefeitura da cidade.
Será, sem sombra de dúvidas, um trabalho ainda mais desafiador, e agora eu tenho a certeza de que, ao final, ainda mais gratificante.
Estamos todos aprendendo. Aprendendo a lidar com os pequenos, aprendendo a transmitir a nossa forma de viver baseados nos princípios que Jesus nos ensinou de uma forma que não seja violenta. Mas acredito que estamos aprendendo, acima de tudo, a lidar com os nossos sentimentos. Estamos aprendendo a ouvir o sentimento dos outros. Estamos ficando cada vez mais sensíveis à necessidade de cada um. E é isso o que mais me alegra, e é isso que nos motiva cada vez mais a sempre melhorar.
As crianças de Suzano não ficarão desocupadas: uma nova equipe tomará a direção do trabalho no próximo semestre. E esperamos, de coração apertado, que tudo ocorra bem por lá. Vamos tentar, ao máximo, acompanhar à distância o desenvolvimento deles.
No próximo sábado, será o encerramento oficial do trabalho em Suzano. Vai ser uma tarde inteira de recreação, com brinquedos como pula-pula, piscina de bolinha etc. Vamos tentar fazer algumas brincadeiras, além de teatro e uma música que as crianças vão cantar com a gente, da Banda Crombie. Tenho certeza de que será mais um dia marcante pra nossa equipe: será o último dia. O dia de curtir tudo o que não curtimos das crianças todo esse tempo. E o dia da despedida, que já me aperta o coração mais uma vez. E uma única certeza, a de que teremos esses mesmos sentimentos por muitas e muitas vezes no futuro que se traça diante de nós.
Ao coração apertado, alívio na eternidade.
terça-feira, 15 de junho de 2010
Copa do mundo
E as vuvuzelas anunciam, às 6hrs, que hoje é dia de jogo da seleção brasileira.
Elas acordam o sol, que nasce amarelo da cor da nossa camisa.
E me lembram que o dia deve começar como qualquer outro: com muito sono, preguiça e metrô lotado.
Mais lotado do que de costume, diga-se de passagem. E sim, por incrível que pareça, isso é possível.
Imagino o tanto de pessoas que trocaram de horário, ou que entraram mais cedo no trabalho para poder assistir ao jogo de hoje.
Pra frente, Brasil!
Elas acordam o sol, que nasce amarelo da cor da nossa camisa.
E me lembram que o dia deve começar como qualquer outro: com muito sono, preguiça e metrô lotado.
Mais lotado do que de costume, diga-se de passagem. E sim, por incrível que pareça, isso é possível.
Imagino o tanto de pessoas que trocaram de horário, ou que entraram mais cedo no trabalho para poder assistir ao jogo de hoje.
Pra frente, Brasil!
segunda-feira, 14 de junho de 2010
O que tenho feito dos meus dias?
Corridos, corridos dias.
Nunca pensei que fazer uma faculdade e trabalhar ao mesmo tempo seria tão esgotante, cansativo, pesado.
Fiz o ensino médio junto com o técnico. Estudava de tarde e de noite, saía de casa 12h e chegava 12h. Quando o técnico acabou, arrumei meu primeiro estágio, e então comecei a trabalhar de manhã e estudar à tarde. Continuei passando 12hrs fora de casa.
Era cansativo e corrido, mas nada como é hoje.
No ensino médio, os trabalhos são suaves e podem ser feitos à base de Google, e as provas também eram suaves. Quer dizer, eu era uma negação em exatas, mas tinha bons amigos feras que me passavam as resposta nos dias das provas. Eu também poderia faltar na escola quase quando quisesse, só tomando cuidado para não reprovar por falta. No mais, era só fazer uma média com o professor, ganhar a simpatia e... aprovação por conselho! Foi assim nos meus três anos de ensino médio.
Agora, tudo mudou.
Estou na penúltima semana de aulas, e essa semana tem uma bateria de provas. Estou no meu limite de cansaço, stress e humor.
Meu corpo tá cansado, minha cabeça tá cansada, tá tudo funcionando menos do que deveria. Estou há quase quatro meses sem saber o que é estar em casa e pensar: "e agora, o que é que eu faço?"
Todos os dias, saio de casa às 6h40 e chego 0h. Durmo, por noite, no máximo 6h, e preciso tomar banho correndo durante a semana.
E na faculdade, você não pode simplesmente aparecer, responder chamada e ir embora. Pelo menos, não no meu curso. Uma ou duas aulas que perco, e lá se vai embora um conteúdo valioso pra minha tranquilidade no fim do semestre.
E, logo no início do semestre, a surpresa: a carga de trabalhos para um primeiro período seria incrivelmente grande.
Uma pesquisa super extensa, que poderia quase virar uma monografia; um roteiro para um curta-metragem; 20 capas de revistas que ressignificassem obras de arte; 4 quadros-vivos; duas provas; e uma revista, de criação de projeto gráfico à construção das matérias. E eu ainda fui agraciada com um grupo que não é lá muito aplicado.
E essa semana, vem a bateria de provas finais. Na sexta-feira, entrega da revista. Na outra semana, apresentação para a banca examinadora.
Somado à isso, está o meu emprego, e a minha busca incessante por outro.
Aliás, nesse começo de mês tive a minha primeira decepção profissional, depois de três anos trabalhando: não consegui uma vaga de emprego.
Eu nunca tinha passado por isso. Há três anos, fiz minha primeira entrevista de emprego, para um estágio, na editora onde hoje trabalho. Uma empresa de pequeno porte, e eu fui aceita imediatamente. Um ano e meio depois, me deu um chilique, saí de lá e consegui vaga em um bureau que prestava serviços para a Editora Moderna. Cinco meses depois, meu antigo patrão me fez uma proposta melhor pra voltar; eu, que percebi que gostava bem mais de lá, resolvi voltar. Uns três meses depois, meu ex-ex-patrão também me fez uma proposta pra voltar. Dessa vez, não aceitei.
E aí, depois dessa disputa por mim, eu não estava preparada para ser rejeitada em uma empresa. A vaga era ótima, o salário melhor ainda. É uma longa história, mas eu ainda tenho as minhas dúvidas se não consegui a vaga por incapacidade técnica (o que duvido), por falta de formação (o que duvido menos ainda), ou pela falta de experiência (o que é praticamente impensável), ou se, por último, por não atender às exigências de conduta que a empresa exigia (o que acho ser bem mais provável).
Enfim, a minha busca por um emprego continua melhor. Não que eu não goste do meu emprego atual. Eu amo! Adoro meu trabalho, meus patrões, a liberdade que tenho lá. O problema é que tá me faltando dinheiro, ô se tá.
Só de faculdade, pago R$800. Aí, você joga mais quase uns R$200 de transporte, mais a alimentação básica entre o trabalho e a faculdade. Somou? Pois é, você só vai ter noção do que é esse dinheiro se você não for sustendado-pelo-papai-que-paga-a-sua-faculdade-e-vai-te-dar-um-carro-no-fim-do-ano.
Enfim, tô cansada de tudo isso.
Tô cansa de "uns com tanto, outros com tão pouco".
É um desabafo, sem a menor pretensão de ser lido por alguém.
E, apesar de toda essa estupefação, posso encher o peito e agradecer à Deus pela vida que me deu. Por ter me dado uma família imperfeita mas que atende às minhas necessidades afetivas; por um emprego que, apesar da dificuldade, paga a minha faculdade; por ter me dado uma profissão a seguir tão linda, e pela qual sou totalmente apaixonada; por ter me dado capacidade intelectual para aguentar o tranco que está sendo; e pelo homem que Ele colocou na minha vida para me segurar quando estou caindo e os amigos que estão por perto sempre me alegrando.
E quem foi que disse que um texto precisa ter começo, meio e fim?
Nunca pensei que fazer uma faculdade e trabalhar ao mesmo tempo seria tão esgotante, cansativo, pesado.
Fiz o ensino médio junto com o técnico. Estudava de tarde e de noite, saía de casa 12h e chegava 12h. Quando o técnico acabou, arrumei meu primeiro estágio, e então comecei a trabalhar de manhã e estudar à tarde. Continuei passando 12hrs fora de casa.
Era cansativo e corrido, mas nada como é hoje.
No ensino médio, os trabalhos são suaves e podem ser feitos à base de Google, e as provas também eram suaves. Quer dizer, eu era uma negação em exatas, mas tinha bons amigos feras que me passavam as resposta nos dias das provas. Eu também poderia faltar na escola quase quando quisesse, só tomando cuidado para não reprovar por falta. No mais, era só fazer uma média com o professor, ganhar a simpatia e... aprovação por conselho! Foi assim nos meus três anos de ensino médio.
Agora, tudo mudou.
Estou na penúltima semana de aulas, e essa semana tem uma bateria de provas. Estou no meu limite de cansaço, stress e humor.
Meu corpo tá cansado, minha cabeça tá cansada, tá tudo funcionando menos do que deveria. Estou há quase quatro meses sem saber o que é estar em casa e pensar: "e agora, o que é que eu faço?"
Todos os dias, saio de casa às 6h40 e chego 0h. Durmo, por noite, no máximo 6h, e preciso tomar banho correndo durante a semana.
E na faculdade, você não pode simplesmente aparecer, responder chamada e ir embora. Pelo menos, não no meu curso. Uma ou duas aulas que perco, e lá se vai embora um conteúdo valioso pra minha tranquilidade no fim do semestre.
E, logo no início do semestre, a surpresa: a carga de trabalhos para um primeiro período seria incrivelmente grande.
Uma pesquisa super extensa, que poderia quase virar uma monografia; um roteiro para um curta-metragem; 20 capas de revistas que ressignificassem obras de arte; 4 quadros-vivos; duas provas; e uma revista, de criação de projeto gráfico à construção das matérias. E eu ainda fui agraciada com um grupo que não é lá muito aplicado.
E essa semana, vem a bateria de provas finais. Na sexta-feira, entrega da revista. Na outra semana, apresentação para a banca examinadora.
Somado à isso, está o meu emprego, e a minha busca incessante por outro.
Aliás, nesse começo de mês tive a minha primeira decepção profissional, depois de três anos trabalhando: não consegui uma vaga de emprego.
Eu nunca tinha passado por isso. Há três anos, fiz minha primeira entrevista de emprego, para um estágio, na editora onde hoje trabalho. Uma empresa de pequeno porte, e eu fui aceita imediatamente. Um ano e meio depois, me deu um chilique, saí de lá e consegui vaga em um bureau que prestava serviços para a Editora Moderna. Cinco meses depois, meu antigo patrão me fez uma proposta melhor pra voltar; eu, que percebi que gostava bem mais de lá, resolvi voltar. Uns três meses depois, meu ex-ex-patrão também me fez uma proposta pra voltar. Dessa vez, não aceitei.
E aí, depois dessa disputa por mim, eu não estava preparada para ser rejeitada em uma empresa. A vaga era ótima, o salário melhor ainda. É uma longa história, mas eu ainda tenho as minhas dúvidas se não consegui a vaga por incapacidade técnica (o que duvido), por falta de formação (o que duvido menos ainda), ou pela falta de experiência (o que é praticamente impensável), ou se, por último, por não atender às exigências de conduta que a empresa exigia (o que acho ser bem mais provável).
Enfim, a minha busca por um emprego continua melhor. Não que eu não goste do meu emprego atual. Eu amo! Adoro meu trabalho, meus patrões, a liberdade que tenho lá. O problema é que tá me faltando dinheiro, ô se tá.
Só de faculdade, pago R$800. Aí, você joga mais quase uns R$200 de transporte, mais a alimentação básica entre o trabalho e a faculdade. Somou? Pois é, você só vai ter noção do que é esse dinheiro se você não for sustendado-pelo-papai-que-paga-a-sua-faculdade-e-vai-te-dar-um-carro-no-fim-do-ano.
Enfim, tô cansada de tudo isso.
Tô cansa de "uns com tanto, outros com tão pouco".
É um desabafo, sem a menor pretensão de ser lido por alguém.
E, apesar de toda essa estupefação, posso encher o peito e agradecer à Deus pela vida que me deu. Por ter me dado uma família imperfeita mas que atende às minhas necessidades afetivas; por um emprego que, apesar da dificuldade, paga a minha faculdade; por ter me dado uma profissão a seguir tão linda, e pela qual sou totalmente apaixonada; por ter me dado capacidade intelectual para aguentar o tranco que está sendo; e pelo homem que Ele colocou na minha vida para me segurar quando estou caindo e os amigos que estão por perto sempre me alegrando.
E quem foi que disse que um texto precisa ter começo, meio e fim?
segunda-feira, 10 de maio de 2010
Surpresa!
Esse meu aniversário tinha tudo pra passar batido. Sem muitos parabéns, sem presentes, sem a presenças de pessoas importantes para mim, sem festa, sem auê, sem nada. Eu queria assim, só mais um ano a se completar.
Tinha, não fosse a ideia brilhante do meu anjo da guarda de fazer uma festa surpresa pra mim. E não é que conseguiram me enganar em tudo? Desde o meu afastamento de casa, a fuga dos amigos em Suzano, até à dor de barriga e à coca-cola. Tudo estava minimamente arquitetado. Me pergunto se toda aquela chuva que caiu também estava cooperando pra deixar o cenário ainda mais irreal...
Eu ainda tento achar palavras pra agradecer ao Isaac, à minha família e aos meus amigos por terem tornado esse aniversário tão inesperadamente maravilhoso.
Obrigada à todos vocês que estiveram na minha casa esse sábado. Tenham certeza de que eu vou sempre lembrar desse presente que vocês me deram e que um dia, eu vou tentar retribuir.
Agradeço pelos presentes recebidos - perfurme maravilhoso e livros, livros, livros! -, pela ajuda na montagem das coisas e na cozinha - esse principalmente a dona Vera agradece! rs -, pelos quilôoometros e quilômetros percorridos de trem por quem mora fora de SP, por quem tomou chuva pra chegar até minha casa, pra quem estava vindo de carro e se perdeu, pra quem teve que embarcar no metrô obrigado quando eu estava prestes a estragar tudo! haha
Obrigada por tudo, meus anjos!
terça-feira, 4 de maio de 2010
De repente, 20
Acordei e descobri que cheguei aos 20 anos.
Sensação esquisita, essa. Quando era bem mais nova, sempre imaginei que, quando chegasse aos 20 anos, estaria quase terminando minha faculdade, teria um carro e estaria comprando um apartamento pra morar sozinha. Lá pelos meus catorze anos, me via ocupando um importantíssimo cargo em uma empresa - independentemente da profissão que eu decidisse seguir.
Mas o mais estranho disso, é que eu nunca me vi realmente chegando aos 20 anos. Sempre pensei que esse dia nunca chegaria, tamanha distância que essa data parecia ter. Olhava aquela comunidade "Jesus e meus 20 e poucos anos" e pensava que demoraria décadas até que eu pudesse fazer parte dela.
Quando temos 15 anos, não vemos a hora de chegarmos aos 18, 19, 20. Conquistar a independência que todo mundo quer. Quando chegamos, dizemos que o tempo passou rápido e que não aproveitamos como deveríamos a nossa adolescência.
Aliás, essa é outra coisa que me incomoda: não sou mais adolescente. Quando tinha 15 anos, não queria assumir que ainda era adolescente. Ser adolescente sempre é coisa do passado, até pra quem tem 13 anos. Quando completei 18, sabia que não era mais adolescente, mas já não queria assumir isso. Afinal, seria pretensão demais da minha parte se, só porque saí dos 17, eu afirmasse que havia perdido qualquer resquício da adolescência. Não, eu não era adulta. Só era uma pessoa que havia acabado de chegar à maioridade, nada além disso. Mas, e agora que tenho 20, qual será a minha desculpa pra enfrentar o medo - se assim posso chamar esse sentimento frustrante e inominável - de virar de vez adulta?
E continua...
Sensação esquisita, essa. Quando era bem mais nova, sempre imaginei que, quando chegasse aos 20 anos, estaria quase terminando minha faculdade, teria um carro e estaria comprando um apartamento pra morar sozinha. Lá pelos meus catorze anos, me via ocupando um importantíssimo cargo em uma empresa - independentemente da profissão que eu decidisse seguir.
Mas o mais estranho disso, é que eu nunca me vi realmente chegando aos 20 anos. Sempre pensei que esse dia nunca chegaria, tamanha distância que essa data parecia ter. Olhava aquela comunidade "Jesus e meus 20 e poucos anos" e pensava que demoraria décadas até que eu pudesse fazer parte dela.
Quando temos 15 anos, não vemos a hora de chegarmos aos 18, 19, 20. Conquistar a independência que todo mundo quer. Quando chegamos, dizemos que o tempo passou rápido e que não aproveitamos como deveríamos a nossa adolescência.
Aliás, essa é outra coisa que me incomoda: não sou mais adolescente. Quando tinha 15 anos, não queria assumir que ainda era adolescente. Ser adolescente sempre é coisa do passado, até pra quem tem 13 anos. Quando completei 18, sabia que não era mais adolescente, mas já não queria assumir isso. Afinal, seria pretensão demais da minha parte se, só porque saí dos 17, eu afirmasse que havia perdido qualquer resquício da adolescência. Não, eu não era adulta. Só era uma pessoa que havia acabado de chegar à maioridade, nada além disso. Mas, e agora que tenho 20, qual será a minha desculpa pra enfrentar o medo - se assim posso chamar esse sentimento frustrante e inominável - de virar de vez adulta?
E continua...
sexta-feira, 30 de abril de 2010
Provas Vivas
"Livros contendo evidências da ressurreição têm relevância por serem livros úteis; porém, não passam de livros. As verdadeiras 'provas' da ressurreição de Jesus são as vidas ressurretas, transformadas pelo Cristo vivo no mais profundo do ser, o coração."
James Houston, em A fome da alma.
dica do Laion Monteiro
(extraído do Pavablog)
James Houston, em A fome da alma.
dica do Laion Monteiro
(extraído do Pavablog)
quarta-feira, 28 de abril de 2010
Fatos e retratos [2]
O trem so metrô estava deserticamente vazio.
A esmagadora maioria dos paulistanos estava postado à frente de uma televisão.
Uma pequena (com o perdão de uma torcedora palestrina) torcida alvinegra assistia ao jogo da insignificante Copa do Brasil. Todo os outros torcedores assistiam ao jogo da outra torcida alvinegra: vaga conquistada pela insignificante Copa do Brasil. Uns torciam, enquanto outros, alviverdes e - qual é o nome colorido (com o perdão do trocadilho) que se dá à torcida da Vila Sônia? - são-paulinos torciam contra. E os alvinegros da Vila também, por que não?
A menina no metrô estava entrando em surto. Seu time vinha perdendo justamente do seu correspondente carioca. Berrava dentro do trem, gesticulava, batia da sua amiga que ria da situação. A bateria do celular acabou, não sei se pela energia dela ou dele próprio, e então ela desligou junto com ele. E eu, pude voltar à minha leitura de Contos Extraordinários escolhidos por Ítalo Calvino em paz.
A esmagadora maioria dos paulistanos estava postado à frente de uma televisão.
Uma pequena (com o perdão de uma torcedora palestrina) torcida alvinegra assistia ao jogo da insignificante Copa do Brasil. Todo os outros torcedores assistiam ao jogo da outra torcida alvinegra: vaga conquistada pela insignificante Copa do Brasil. Uns torciam, enquanto outros, alviverdes e - qual é o nome colorido (com o perdão do trocadilho) que se dá à torcida da Vila Sônia? - são-paulinos torciam contra. E os alvinegros da Vila também, por que não?
A menina no metrô estava entrando em surto. Seu time vinha perdendo justamente do seu correspondente carioca. Berrava dentro do trem, gesticulava, batia da sua amiga que ria da situação. A bateria do celular acabou, não sei se pela energia dela ou dele próprio, e então ela desligou junto com ele. E eu, pude voltar à minha leitura de Contos Extraordinários escolhidos por Ítalo Calvino em paz.
Fatos e retratos
Duas meninas conversavam no ônibus que ia rumo à Paraisópolis.
E estavam a discutir qual era o certo: uma insistia que a pronúncia correta era formespringue, e a outra insistia ser frospingue. A primeira alegava que o seu inglês era o correto, e a segunda alegava que o seu modo era o mais fácil falar. A primeira convenceu a segunda: "soletre comigo: for-mes-prin-gue".
Encerrada a discussão, a segunda disse eufórica: "Justin Bieber tá me seguindo no Twitter! Juro! Olha lá, pra você ver". Twitter ela pronunciou certinho.
E estavam a discutir qual era o certo: uma insistia que a pronúncia correta era formespringue, e a outra insistia ser frospingue. A primeira alegava que o seu inglês era o correto, e a segunda alegava que o seu modo era o mais fácil falar. A primeira convenceu a segunda: "soletre comigo: for-mes-prin-gue".
Encerrada a discussão, a segunda disse eufórica: "Justin Bieber tá me seguindo no Twitter! Juro! Olha lá, pra você ver". Twitter ela pronunciou certinho.
O que fazer quando tudo ao nosso redor parece não colaborar?
Existem horas em que o desânimo toma conta da gente. Cansaço, descrença. O que fazer?
Às vezes a gente desacredita da vida, desacredita que vai dar tudo certo cedo ou tarde. E parece que esse tarde é realmente tarde.
Não chamaria isso de falta de fé. Apenas diria que... não sei.
Só preciso acreditar nisso: esperar é caminhar.
Existem horas em que o desânimo toma conta da gente. Cansaço, descrença. O que fazer?
Às vezes a gente desacredita da vida, desacredita que vai dar tudo certo cedo ou tarde. E parece que esse tarde é realmente tarde.
Não chamaria isso de falta de fé. Apenas diria que... não sei.
Só preciso acreditar nisso: esperar é caminhar.
segunda-feira, 12 de abril de 2010
Doe Sangue, Doe Vida
Todo mundo tá ciente da última tragédia de 2010: as chuvas do Rio de Janeiro.
Não é novidade também que, toda vez que catástrofes como essa acontecem, tem-se a necessidade urgente de arrecadação de alimentos, água, roupas, produtos de higiene e sangue.
Os cariocas estão precisando do seu sangue. É rápido e fácil doar, a única dor é uma bem leve da picadinha no braço, e não vai te custar nada. Além de tudo, você vai ajudar a salvar muitas vidas que precisam da sua doação. O que custa doar um dia dos tantos dias que você tem?
Para ver os requisitos necessários para a doação, clique aqui.
Atenção: não pense que é só o Rio de Janeiro que precisa de sangue. Informe-se em sua cidade sobre a situação dos níveis de sangue nos hemocentros, e DOE! Sempre haverá a necessidade de transfusões de sangue em uma cidade.
Os jovens do grupo One Day se organizaram em um dia oficial para a doação, caso você queira doar mas não quer ir sozinho, procure um dos grupos:
Dia 17 (sábado) desse abril.
Rio de Janeiro: HEMORIO (Rua Frei Caneca, 8 - Centro - RJ)
Recife: HEMOPE (Rua Joaquim Nabuco, 171 - Graças - Recife)
São Paulo: Hospital Beneficiência Portuguesa (Rua Maestro Cardim, 796 - Bela Vista - SP)
É isso: doe, faça o bem a quem precisa!
Não é novidade também que, toda vez que catástrofes como essa acontecem, tem-se a necessidade urgente de arrecadação de alimentos, água, roupas, produtos de higiene e sangue.
Os cariocas estão precisando do seu sangue. É rápido e fácil doar, a única dor é uma bem leve da picadinha no braço, e não vai te custar nada. Além de tudo, você vai ajudar a salvar muitas vidas que precisam da sua doação. O que custa doar um dia dos tantos dias que você tem?
Para ver os requisitos necessários para a doação, clique aqui.
Atenção: não pense que é só o Rio de Janeiro que precisa de sangue. Informe-se em sua cidade sobre a situação dos níveis de sangue nos hemocentros, e DOE! Sempre haverá a necessidade de transfusões de sangue em uma cidade.
Os jovens do grupo One Day se organizaram em um dia oficial para a doação, caso você queira doar mas não quer ir sozinho, procure um dos grupos:
Dia 17 (sábado) desse abril.
Rio de Janeiro: HEMORIO (Rua Frei Caneca, 8 - Centro - RJ)
Recife: HEMOPE (Rua Joaquim Nabuco, 171 - Graças - Recife)
São Paulo: Hospital Beneficiência Portuguesa (Rua Maestro Cardim, 796 - Bela Vista - SP)
É isso: doe, faça o bem a quem precisa!
quarta-feira, 31 de março de 2010
Pra onde ir?
Na foto, meu sobrinho, João Pedro. É a coisa mais linda da minha vida, a maior preciosidade que eu tenho. Hoje, ele tem dois meses e meio de idade.
Nessa última semana, ele tem causado uma preocupação muito grande à família.
Começou com tosse, espirro e peito cheio, e foi piorando, até que ele não conseguia mais respirar direito, dormir ou mamar. Aí, começou a preocupação.
Ele foi levado ao hospital particular pra fazer a consulta, foi diagnosticado com bronquiolite e, quando foi efetivar a internação dele, bomba. O convênio dele ainda tem carência pra internação.
Conclusão? Precisaram correr com ele pro hospital público.
Chegando em um hospital público na Móoca, precisou ser feito tudo de novo: avaliação médica, diagnóstico, inalação, tudo... mas o médico disse que não era caso de internação, e voltaram pra casa.
No dia seguinte, ele piorou, e aí correram de novo pro hospital. Dessa vez, foram pro Santa Marcelina que, apesar da má fama por causa do bairro onde fica, é razoavelmente bom, se tratando de hospital público.
E aí, tudo de novo, de novo. Avaliação, diagnóstico, inalação... dessa vez, precisaram também deixar ele no oxigênio, já que a respiração dele estava ainda mais difícil. Isso aconteceu ontem, pouco depois da hora do almoço.
O médico disse que ele precisava ser internado, mas aí, outra bomba: sem vagas.
Como pode, meu Deus? Um hospital daquele tamanho não ter vagas?
De madrugada, ele ainda estava esperando por uma vaga pra internação. O hospital estava tentando encontrar uma vaga em outra unidade. E isso se estende até agora.
Meu bebêzinho está lá, precisando ser internado há horas.
A dor de ver um ser tão pequenininho e indefeso sofrendo assim, é enorme.
E eu só me revolto por isso. Uma cidade do tamanho de São Paulo, deveria, pelo menos, oferecer uma condição básica de saúde pública à cidade.
E a legislação dos convênios? É justo um plano pra um bebê ter carência? Como pode um hospital fechar as suas portas pra um bebê, meu Deus?
Eu tenho convênio médico desde que nasci, pela empresa do meu pai. Nunca na minha vida precisei usar serviço público de saúde. Só entrei em um hospital público duas vezes, em 20 anos de idade. Entrei pra dizer: que eu nunca precise disso.
Sempre vejo críticas aos hospitais públicos, mas achei que fossem exagero. Ledo engano.
Que Deus tenha misericórdia de todos nós!
João, a tia te espera ansiosa em casa!
Nessa última semana, ele tem causado uma preocupação muito grande à família.
Começou com tosse, espirro e peito cheio, e foi piorando, até que ele não conseguia mais respirar direito, dormir ou mamar. Aí, começou a preocupação.
Ele foi levado ao hospital particular pra fazer a consulta, foi diagnosticado com bronquiolite e, quando foi efetivar a internação dele, bomba. O convênio dele ainda tem carência pra internação.
Conclusão? Precisaram correr com ele pro hospital público.
Chegando em um hospital público na Móoca, precisou ser feito tudo de novo: avaliação médica, diagnóstico, inalação, tudo... mas o médico disse que não era caso de internação, e voltaram pra casa.
No dia seguinte, ele piorou, e aí correram de novo pro hospital. Dessa vez, foram pro Santa Marcelina que, apesar da má fama por causa do bairro onde fica, é razoavelmente bom, se tratando de hospital público.
E aí, tudo de novo, de novo. Avaliação, diagnóstico, inalação... dessa vez, precisaram também deixar ele no oxigênio, já que a respiração dele estava ainda mais difícil. Isso aconteceu ontem, pouco depois da hora do almoço.
O médico disse que ele precisava ser internado, mas aí, outra bomba: sem vagas.
Como pode, meu Deus? Um hospital daquele tamanho não ter vagas?
De madrugada, ele ainda estava esperando por uma vaga pra internação. O hospital estava tentando encontrar uma vaga em outra unidade. E isso se estende até agora.
Meu bebêzinho está lá, precisando ser internado há horas.
A dor de ver um ser tão pequenininho e indefeso sofrendo assim, é enorme.
E eu só me revolto por isso. Uma cidade do tamanho de São Paulo, deveria, pelo menos, oferecer uma condição básica de saúde pública à cidade.
E a legislação dos convênios? É justo um plano pra um bebê ter carência? Como pode um hospital fechar as suas portas pra um bebê, meu Deus?
Eu tenho convênio médico desde que nasci, pela empresa do meu pai. Nunca na minha vida precisei usar serviço público de saúde. Só entrei em um hospital público duas vezes, em 20 anos de idade. Entrei pra dizer: que eu nunca precise disso.
Sempre vejo críticas aos hospitais públicos, mas achei que fossem exagero. Ledo engano.
Que Deus tenha misericórdia de todos nós!
João, a tia te espera ansiosa em casa!
quinta-feira, 25 de março de 2010
Festival de clichês
O amor é um verdadeiro festival de clichês. Frases prontas, lugares comuns, o mesmo roteiro visto em novelas globais, tudo se repete no amor. Como fugir de tal monotonia?
Como dizer "sonhei com você hoje" sem soar repetitivo, ou dizer "eu te amo" de uma forma diferente a cada dia? Há como dizer "você é tudo o que eu sempre quis" sem ser piegas?
O amor é piegas, é brega.
Você vive dizendo que, quando amar, seu amor não será mais um desses clichês. Você diz isso até arranjar um amor. Você ama e é amado, e não tarde esse amor se tornará mais um romance de Malhação. Idas e vindas, brigas e reconciliações, tapas e beijos - com o perdão de mais esse clichê.
Então, cada dia sem ver o amor se torna uma eternidade. É um dia que passou em branco no calendário, é um não dia. Tudo extremamente previsível.
Vocês namoram, e logo fazem planos de noivado, casamento, onde irão morar, em quantos anos terão filhos e em quantos eles serão, e até nome os rebentos não existentes recebem. Vítimas dessa fábrica de clichês.
Os amigos passam a ter que ouvir, diariamente, os planos no casal apaixonado. Todos já sabem que vocês se casarão naquela chácara maravilhosa em Atibaia, passarão a lua-de-mel em Paris, terão dois filhos e morarão em Moema. Sabem também que terão uma linda casa com jardim, piscina e churrasqueira, e que vocês darão festas a cada quinze dias. Puro clichê.
Todo clichê pega porque é verdadeiro. E esse clichê se aplica ao clichê do amor.
Como viver sem esse lugar comum? Sábio foi Tom Jobim, ao dizer que "é impossível ser feliz sozinho"...
Como dizer "sonhei com você hoje" sem soar repetitivo, ou dizer "eu te amo" de uma forma diferente a cada dia? Há como dizer "você é tudo o que eu sempre quis" sem ser piegas?
O amor é piegas, é brega.
Você vive dizendo que, quando amar, seu amor não será mais um desses clichês. Você diz isso até arranjar um amor. Você ama e é amado, e não tarde esse amor se tornará mais um romance de Malhação. Idas e vindas, brigas e reconciliações, tapas e beijos - com o perdão de mais esse clichê.
Então, cada dia sem ver o amor se torna uma eternidade. É um dia que passou em branco no calendário, é um não dia. Tudo extremamente previsível.
Vocês namoram, e logo fazem planos de noivado, casamento, onde irão morar, em quantos anos terão filhos e em quantos eles serão, e até nome os rebentos não existentes recebem. Vítimas dessa fábrica de clichês.
Os amigos passam a ter que ouvir, diariamente, os planos no casal apaixonado. Todos já sabem que vocês se casarão naquela chácara maravilhosa em Atibaia, passarão a lua-de-mel em Paris, terão dois filhos e morarão em Moema. Sabem também que terão uma linda casa com jardim, piscina e churrasqueira, e que vocês darão festas a cada quinze dias. Puro clichê.
Todo clichê pega porque é verdadeiro. E esse clichê se aplica ao clichê do amor.
Como viver sem esse lugar comum? Sábio foi Tom Jobim, ao dizer que "é impossível ser feliz sozinho"...
quarta-feira, 24 de março de 2010
Toca do estudante
Neste sábado que passou (20), aconteceu lá na igreja um congresso da Toca do Estudante.
Eu não conhecia mas, pelo que entendi, tem um formato bem parecido com o da ABU (Aliança Bíblica Universitária).
Foi o seguinte: Durante todo o dia, tivemos alguns momentos musicais com o queridíssimo, talentosíssimo e brasileiríssimo (com a licença de José Dias) Roberto Diamanso. Pra quem não o conhece, e gosta de ouvir música tipicamente nacional com qualidade de melodia e letra, vale a pena ouvir.
Após esses momentos de música, tivemos momentos de mensagem, com o Libério, Fabrício Cunha, Ariovaldo Ramos, Carlos Bezerra Jr. e Fernando Cruz.
Depois desses momentos, nos sentávamos em mesa e discutíamos sobre o que havia sido falado. Os temas foram Cultura, Política, Igreja, Evangelho e Futuro.
Só posso dizer que a Toca do Estudante me surpreendeu demais, e que não vejo a hora da próxima!
Sobre o Carlos Bezerra Jr.:
Pra quem não o conhece, é vereador da cidade de São Paulo desde o ano de 2000.
É muito gratificante você conhecer um político que, mesmo cristão, não tenta carregar a bandeira da Igreja Evangélica Brasileira aonde vai. O grifo não foi erro de formatação. Carlos Bezerra leva a bandeira do Evangelho de Cristo, e não da igreja-instituição que conhecemos. Carlos Bezerra leva a bandeira da justiça social, amparo aos menos desfavorecidos e tentativa de conscientização da grande massa.
Não tô fazendo toda essa campanha por nada, não.
É que ele tem projetos muito bons, principalmente no que diz respeito à Mulher e à Criança e ao Adolescente. Vale a pena dar uma olhada no site.
É isso.
Eu não conhecia mas, pelo que entendi, tem um formato bem parecido com o da ABU (Aliança Bíblica Universitária).
Foi o seguinte: Durante todo o dia, tivemos alguns momentos musicais com o queridíssimo, talentosíssimo e brasileiríssimo (com a licença de José Dias) Roberto Diamanso. Pra quem não o conhece, e gosta de ouvir música tipicamente nacional com qualidade de melodia e letra, vale a pena ouvir.
Após esses momentos de música, tivemos momentos de mensagem, com o Libério, Fabrício Cunha, Ariovaldo Ramos, Carlos Bezerra Jr. e Fernando Cruz.
Depois desses momentos, nos sentávamos em mesa e discutíamos sobre o que havia sido falado. Os temas foram Cultura, Política, Igreja, Evangelho e Futuro.
Só posso dizer que a Toca do Estudante me surpreendeu demais, e que não vejo a hora da próxima!
Sobre o Carlos Bezerra Jr.:
Pra quem não o conhece, é vereador da cidade de São Paulo desde o ano de 2000.
É muito gratificante você conhecer um político que, mesmo cristão, não tenta carregar a bandeira da Igreja Evangélica Brasileira aonde vai. O grifo não foi erro de formatação. Carlos Bezerra leva a bandeira do Evangelho de Cristo, e não da igreja-instituição que conhecemos. Carlos Bezerra leva a bandeira da justiça social, amparo aos menos desfavorecidos e tentativa de conscientização da grande massa.
Não tô fazendo toda essa campanha por nada, não.
É que ele tem projetos muito bons, principalmente no que diz respeito à Mulher e à Criança e ao Adolescente. Vale a pena dar uma olhada no site.
É isso.
terça-feira, 9 de março de 2010
Canção do dia de sempre - Mário Quintana
"Tão bom viver dia a dia...
A vida assim, jamais cansa...
Viver tão só de momentos
Como estas nuvens no céu...
E só ganhar, toda a vida,
Inexperiência... esperança...
E a rosa louca dos ventos
Presa à copa do chapéu.
Nunca dês um nome a um rio:
Sempre é outro rio a passar.
Nada jamais continua,
Tudo vai recomeçar!
E sem nenhuma lembrança
Das outras vezes perdidas,
Atiro a rosa do sonho
Nas tuas mãos distraídas..."
A vida assim, jamais cansa...
Viver tão só de momentos
Como estas nuvens no céu...
E só ganhar, toda a vida,
Inexperiência... esperança...
E a rosa louca dos ventos
Presa à copa do chapéu.
Nunca dês um nome a um rio:
Sempre é outro rio a passar.
Nada jamais continua,
Tudo vai recomeçar!
E sem nenhuma lembrança
Das outras vezes perdidas,
Atiro a rosa do sonho
Nas tuas mãos distraídas..."
Canção do dia de sempre, Mário Quintana
sexta-feira, 5 de março de 2010
#frases de crente
Um catado nas melhores frases que deram um buzuzu ontem no Twitter:
#frasesdecrente
@daniboy86: O cara está acabado, no fundo do poço, ai o crente se aproxima e diz: Deus tem o melhor para você, espere no Senhor...
@andrezalmeida: Oração de Natal, Ano Novo, Pascoa..: .. poderiamos estar em tantos lugares 'bebemorando' mas escolhemos estar aqui..
Vamos orar pra Deus te mandar um varão ..
Tá sabendo que a irmãzinha fulana de tal tá fazendo isso e aquilo? Mas olha, to falando pra vc orar hein?
Crente que guarda a biblia na gaveta vai pro inferno e encontra o capeta
Que palavra boa, fulaninho de tal deveria estar aqui pra ouvir essa palavra! É pra ele!
A gente não bebe, não fuma então tem que comer né?
As pessoas que estão zuando o #frasesdecrente precisam de um encontro real com Deus
@milenasantoss "Deus me disse que eu sou a pessoa que ele preparou para você"
"Não é fofoca, é motivo de oração"
"Vamos estar orando"
São 7 quintas-feiras de oração, irmão. A vitória é certa
E as palmas são para Jesus
@keerolz: Sobre ida à churrascaria: Irmãos, nós não podemos entrar na carne, mas podemos deixar a carne entrar em nós
A propósito, zombar dos filhos de Deus não é atitude de um cristão. Não toque no ungido do Senhor!
Quem te viu passar na prova e não te ajudou, quando ver vc na benção vai se arrepender
Peço que os irmãos fiquem em espírito de oração para que Deus possa receber o meu louvor
SaLdo os irmãos com a paz do Senhor | Agradeço a oportunidade em nome de Jesus
Quem encontrou o versículo diga Amém, quem não encontrou digam Escola Bíblica
Qual é o seu nome? Em quantos vocês são?
Crente que não faz barulho tá com defeito de fabricação
@lorena_stela: Não sou o dono do mundo, mas sou filho dele.
@danieldeluccas: [jovem retorna do acampamento] Mãe, vou ser missionária no Haiti
Vem à frente todos que estão com problemas (congregação toda vai). "Culto foi uma bença"
eu senti de Deus que não é a hora! #botasdecrente
não vou terminar o culto enquanto essa pessoa não levantar a mão (vários levantam loucos pro culto acabar)
@fabiobarbi: Abrace seu irmão e repita comigo...
@karencavichioli: Deus me mostrou quem é seu marido... ele está chegando...
@jonmenezes: "Vigília de oração na sexta. Você não pode deixar de faltar"
@sidneyjep: se coloca no plumo por que Deus quer falar contigo !
@Ewerton_Leandro: Placa de igreja não salva (mas, faz uma visita lá na minha que é uma benção)
@erickfabbio: To de banco...
@DanielGuanaes: "Aqui é assim, irmão; tem que dar lugar. Deu lugar Deus usa"
"Dá glória, crente ruim!!!"
@samuelmizrahy Os irmãos podem tomar os seus acentos
@Renatroxa: uma "salma" de palmas pra Jesus!
nossa, hoje o louvor fluiu né?!
@melon404: Coooomo Zaqueeeeeeeeuuu...
@simmycohen: "Olhe para o irmão que está ao seu lado e REPITA COMIGO: ...."
"Vc precisa sair do comodismo" / "Vc precisa dar um passo de fé... até aqui à frente"
@diegomstein: Tá faltando fé, irmão
Tá amarrado!
Se você tá passando por uma luta, vem aqui na frente!
@luvassao: Vamos cantar um corinho enquanto recolhemos os dízimos e ofertas
Nós tivemos o encontro de casais, e olha irmãos, quem não foi não sabe o que perdeu...
@_Dyy: (Adesivo de carro) Dirigido por mim guiado por Deus
Quem quer receber uma bênção de Deus hoje, levante a mão.
@claluch: "Não fale o nome de Deus em vão", você: "AiMeuDeus"
@cauebsilva: se vc naum toruxe a biblia, sente ao lado de um crente
@agathabigaran: Vamos no Habib's depois do culto?
@gospelprime: Tu és homem de Deus ou um saquinho de pipoca?
#frasesdecrente
@daniboy86: O cara está acabado, no fundo do poço, ai o crente se aproxima e diz: Deus tem o melhor para você, espere no Senhor...
@andrezalmeida: Oração de Natal, Ano Novo, Pascoa..: .. poderiamos estar em tantos lugares 'bebemorando' mas escolhemos estar aqui..
Vamos orar pra Deus te mandar um varão ..
Tá sabendo que a irmãzinha fulana de tal tá fazendo isso e aquilo? Mas olha, to falando pra vc orar hein?
Crente que guarda a biblia na gaveta vai pro inferno e encontra o capeta
Que palavra boa, fulaninho de tal deveria estar aqui pra ouvir essa palavra! É pra ele!
A gente não bebe, não fuma então tem que comer né?
As pessoas que estão zuando o #frasesdecrente precisam de um encontro real com Deus
@milenasantoss "Deus me disse que eu sou a pessoa que ele preparou para você"
"Não é fofoca, é motivo de oração"
"Vamos estar orando"
São 7 quintas-feiras de oração, irmão. A vitória é certa
E as palmas são para Jesus
@keerolz: Sobre ida à churrascaria: Irmãos, nós não podemos entrar na carne, mas podemos deixar a carne entrar em nós
A propósito, zombar dos filhos de Deus não é atitude de um cristão. Não toque no ungido do Senhor!
Quem te viu passar na prova e não te ajudou, quando ver vc na benção vai se arrepender
Peço que os irmãos fiquem em espírito de oração para que Deus possa receber o meu louvor
SaLdo os irmãos com a paz do Senhor | Agradeço a oportunidade em nome de Jesus
Quem encontrou o versículo diga Amém, quem não encontrou digam Escola Bíblica
Qual é o seu nome? Em quantos vocês são?
Crente que não faz barulho tá com defeito de fabricação
@lorena_stela: Não sou o dono do mundo, mas sou filho dele.
@danieldeluccas: [jovem retorna do acampamento] Mãe, vou ser missionária no Haiti
Vem à frente todos que estão com problemas (congregação toda vai). "Culto foi uma bença"
eu senti de Deus que não é a hora! #botasdecrente
não vou terminar o culto enquanto essa pessoa não levantar a mão (vários levantam loucos pro culto acabar)
@fabiobarbi: Abrace seu irmão e repita comigo...
@karencavichioli: Deus me mostrou quem é seu marido... ele está chegando...
@jonmenezes: "Vigília de oração na sexta. Você não pode deixar de faltar"
@sidneyjep: se coloca no plumo por que Deus quer falar contigo !
@Ewerton_Leandro: Placa de igreja não salva (mas, faz uma visita lá na minha que é uma benção)
@erickfabbio: To de banco...
@DanielGuanaes: "Aqui é assim, irmão; tem que dar lugar. Deu lugar Deus usa"
"Dá glória, crente ruim!!!"
@samuelmizrahy Os irmãos podem tomar os seus acentos
@Renatroxa: uma "salma" de palmas pra Jesus!
nossa, hoje o louvor fluiu né?!
@melon404: Coooomo Zaqueeeeeeeeuuu...
@simmycohen: "Olhe para o irmão que está ao seu lado e REPITA COMIGO: ...."
"Vc precisa sair do comodismo" / "Vc precisa dar um passo de fé... até aqui à frente"
@diegomstein: Tá faltando fé, irmão
Tá amarrado!
Se você tá passando por uma luta, vem aqui na frente!
@luvassao: Vamos cantar um corinho enquanto recolhemos os dízimos e ofertas
Nós tivemos o encontro de casais, e olha irmãos, quem não foi não sabe o que perdeu...
@_Dyy: (Adesivo de carro) Dirigido por mim guiado por Deus
Quem quer receber uma bênção de Deus hoje, levante a mão.
@claluch: "Não fale o nome de Deus em vão", você: "AiMeuDeus"
@cauebsilva: se vc naum toruxe a biblia, sente ao lado de um crente
@agathabigaran: Vamos no Habib's depois do culto?
@gospelprime: Tu és homem de Deus ou um saquinho de pipoca?
quarta-feira, 3 de março de 2010
sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010
Egito antigo x Cristianismo atual
No Egito antigo, o Faraó era tido pelos egípcios quase como um deus.
Eles eram uma sociedade politeísta, e acreditavam que o Faraó era o principal intermediário entre eles e a passagem para a verdadeira vida.
Toda e qualquer coisa que era dita pelo Faraó era acatada e jamais contestada; as opiniões do povo não entrava em pauta jamais, e nem eles próprios queriam isso.
Faraó falou, tava falado.
Qualquer semelhança com o cristianismo brasileiro atual, é mera coincidência.
Eles eram uma sociedade politeísta, e acreditavam que o Faraó era o principal intermediário entre eles e a passagem para a verdadeira vida.
Toda e qualquer coisa que era dita pelo Faraó era acatada e jamais contestada; as opiniões do povo não entrava em pauta jamais, e nem eles próprios queriam isso.
Faraó falou, tava falado.
Qualquer semelhança com o cristianismo brasileiro atual, é mera coincidência.
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010
Do começo da saga...
Complicado isso de começo de aulas.
Você precisa formar grupo pra fazer trabalhos de um semestre inteiro, sem conhecer uma pessoa dentro da sala.
Você precisa ser simpático, pra conquistar a simpatia daqueles que vão te acompanhar (ou não) durante 4 anos. Vocês precisarão, no mínimo, serem sociáveis, uma vez que, durante essa longa jornada, vocês passarão por muitos perrengues, precisarão muito da ajuda uns dos outros, crescerão profissionalmente e amadurecerão juntos.
Duro é quando, nessa primeira fase, você já não simpatiza com alguém. Dá-lhe esforço pra tirar a má impressão.
E então, começa a aventura.
Começam as tentativas de amizades.
Despontam as primeiras frustrações, e, com elas, as primeiras boas surpresas. Que venham logo!
Você precisa formar grupo pra fazer trabalhos de um semestre inteiro, sem conhecer uma pessoa dentro da sala.
Você precisa ser simpático, pra conquistar a simpatia daqueles que vão te acompanhar (ou não) durante 4 anos. Vocês precisarão, no mínimo, serem sociáveis, uma vez que, durante essa longa jornada, vocês passarão por muitos perrengues, precisarão muito da ajuda uns dos outros, crescerão profissionalmente e amadurecerão juntos.
Duro é quando, nessa primeira fase, você já não simpatiza com alguém. Dá-lhe esforço pra tirar a má impressão.
E então, começa a aventura.
Começam as tentativas de amizades.
Despontam as primeiras frustrações, e, com elas, as primeiras boas surpresas. Que venham logo!
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010
Enfim, o ano começa. Ano novo, nova fase.
Olha, esse é o blog mais sem-vergonha e desatualizado que conheço. Enfim.
Apesar de eu ter voltado ao trabalho no dia 4 janeiro, agora deu pra sentir que o ano iniciou de verdade.
A começar pelo metrô extremamente lotado do ano letivo, e da querida 23 de Maio congestionadíssima.
Pra ajudar, o 'ano-pra-valer' começou justamente no primeiro dia útil de horário normalizado. Nunca pensei que amava tanto assim o horário de verão. Não existe sensação pior do que sair de casa às 7hrs com o sol fritando a cabeça. Não mesmo. Enfim...
Passo pra dizer que, em 2010, prometo manter esse blog atualizado. Não que a minha vida seja interessantíssima para os poucos seguidores que leem o meu blog, mas porque é importante pra mim. Sempre tive um blog como um diário: despejo aqui todas as minhas alegrias, angústias, pensamentos, raivas e tristezas. Enfim, voltarei a ser dependente disso, como era aos 12 anos. (?)
Mais uma coisa: tentarei escrever menos 'enfim', ok?
Então, só pra notificar: finalmente, depois de 3 tentativas, sou uma estudante universitária.
Estou cursando Produção Editorial na Anhembi Morumbi. As aulas só começam pra valer amanhã (não tenho aula às segundas), apesar de eu já ter visto aula na semana anterior ao Carnaval.
As aulas que vi foram só pra apresentar os conteúdos, e já posso dizer que estou o achando o curso um docinho-de-côco.
O campus é lindo, muito bem estruturado, os professores parecem ser ótimos e, o melhor de tudo, o curso parece que é realmente muito bom. Minhas expectativas estão gritantemente grandes, e eu vou fazer de tudo pra não me formar como me formei no Ensino Médio. Melhor é nem lembrar.
Então é isso aí.
Daqui a 4 anos, esse blog pertencerá a uma produtora editorial bem sucedida e inteligente, e que escreverá menos 'enfim' e superlativos.
Talvez, até lá, o blog mude de nome, mude de endereço, mude de tudo, como já aconteceu tantas e tantas vezes. Pretendo ser menos inconstante, quem sabe.
E pretendo, também, terminar postagens de uma forma mais criativa e interessante.
Obrigada pela atenção.
Apesar de eu ter voltado ao trabalho no dia 4 janeiro, agora deu pra sentir que o ano iniciou de verdade.
A começar pelo metrô extremamente lotado do ano letivo, e da querida 23 de Maio congestionadíssima.
Pra ajudar, o 'ano-pra-valer' começou justamente no primeiro dia útil de horário normalizado. Nunca pensei que amava tanto assim o horário de verão. Não existe sensação pior do que sair de casa às 7hrs com o sol fritando a cabeça. Não mesmo. Enfim...
Passo pra dizer que, em 2010, prometo manter esse blog atualizado. Não que a minha vida seja interessantíssima para os poucos seguidores que leem o meu blog, mas porque é importante pra mim. Sempre tive um blog como um diário: despejo aqui todas as minhas alegrias, angústias, pensamentos, raivas e tristezas. Enfim, voltarei a ser dependente disso, como era aos 12 anos. (?)
Mais uma coisa: tentarei escrever menos 'enfim', ok?
Então, só pra notificar: finalmente, depois de 3 tentativas, sou uma estudante universitária.
Estou cursando Produção Editorial na Anhembi Morumbi. As aulas só começam pra valer amanhã (não tenho aula às segundas), apesar de eu já ter visto aula na semana anterior ao Carnaval.
As aulas que vi foram só pra apresentar os conteúdos, e já posso dizer que estou o achando o curso um docinho-de-côco.
O campus é lindo, muito bem estruturado, os professores parecem ser ótimos e, o melhor de tudo, o curso parece que é realmente muito bom. Minhas expectativas estão gritantemente grandes, e eu vou fazer de tudo pra não me formar como me formei no Ensino Médio. Melhor é nem lembrar.
Então é isso aí.
Daqui a 4 anos, esse blog pertencerá a uma produtora editorial bem sucedida e inteligente, e que escreverá menos 'enfim' e superlativos.
Talvez, até lá, o blog mude de nome, mude de endereço, mude de tudo, como já aconteceu tantas e tantas vezes. Pretendo ser menos inconstante, quem sabe.
E pretendo, também, terminar postagens de uma forma mais criativa e interessante.
Obrigada pela atenção.
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