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quarta-feira, 31 de março de 2010

Pra onde ir?

Na foto, meu sobrinho, João Pedro. É a coisa mais linda da minha vida, a maior preciosidade que eu tenho. Hoje, ele tem dois meses e meio de idade.

Nessa última semana, ele tem causado uma preocupação muito grande à família.
Começou com tosse, espirro e peito cheio, e foi piorando, até que ele não conseguia mais respirar direito, dormir ou mamar. Aí, começou a preocupação.

Ele foi levado ao hospital particular pra fazer a consulta, foi diagnosticado com bronquiolite e, quando foi efetivar a internação dele, bomba. O convênio dele ainda tem carência pra internação.
Conclusão? Precisaram correr com ele pro hospital público.
Chegando em um hospital público na Móoca, precisou ser feito tudo de novo: avaliação médica, diagnóstico, inalação, tudo... mas o médico disse que não era caso de internação, e voltaram pra casa.

No dia seguinte, ele piorou, e aí correram de novo pro hospital. Dessa vez, foram pro Santa Marcelina que, apesar da má fama por causa do bairro onde fica, é razoavelmente bom, se tratando de hospital público.
E aí, tudo de novo, de novo. Avaliação, diagnóstico, inalação... dessa vez, precisaram também deixar ele no oxigênio, já que a respiração dele estava ainda mais difícil. Isso aconteceu ontem, pouco depois da hora do almoço.
O médico disse que ele precisava ser internado, mas aí, outra bomba: sem vagas.
Como pode, meu Deus? Um hospital daquele tamanho não ter vagas?
De madrugada, ele ainda estava esperando por uma vaga pra internação. O hospital estava tentando encontrar uma vaga em outra unidade. E isso se estende até agora.

Meu bebêzinho está lá, precisando ser internado há horas.
A dor de ver um ser tão pequenininho e indefeso sofrendo assim, é enorme.

E eu só me revolto por isso. Uma cidade do tamanho de São Paulo, deveria, pelo menos, oferecer uma condição básica de saúde pública à cidade.
E a legislação dos convênios? É justo um plano pra um bebê ter carência? Como pode um hospital fechar as suas portas pra um bebê, meu Deus?

Eu tenho convênio médico desde que nasci, pela empresa do meu pai. Nunca na minha vida precisei usar serviço público de saúde. Só entrei em um hospital público duas vezes, em 20 anos de idade. Entrei pra dizer: que eu nunca precise disso.
Sempre vejo críticas aos hospitais públicos, mas achei que fossem exagero. Ledo engano.
Que Deus tenha misericórdia de todos nós!

João, a tia te espera ansiosa em casa!

2 comentários:

Unknown disse...

Força ai, kerolz!

Nos mande notícias.

Naty disse...

Força mesmo Carolz... se vc viu de perto como é, que não seja apenas pra dizer que não quer mais voltar, mas tbm pra ter a noção de que o sistema pode melhorar, e muito, já que foi criado para que todos, TODOS tenham acesso...Bjocas saudade sempre!!!