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domingo, 22 de agosto de 2010

Notícias da Bienal (3)

Pra encerrar as minhas listas de compras:

Na Editora Leya Brasil (ela é portuguesa, se não me engano), comprei o Chico Buarque, primeiro livro do selo 'Histórias de Canções'.
Eu já tinha lido, emprestado da Biblioteca de São Paulo, a do Parque da Juventude, e me apaixonei perdidamente! Já era fã do Chico e, depois de conhecer a história das suas maiores composições, além de situá-las em um contexto cultural, minha paixão só aumentou. Além disso, tem projeto gráfico, diagramação e capa impecáveis!
Informação irrelevante: ponto pra Leya, que me deu um descontinho camarada por ser expositora lá na Bienal.

Agora, vem a minha aquisição mais docinho-de-coco-coisa-linda-de-mamãe: Alice no País das Maravilhas, edição da Cosac Naify.
Vale lembrar que o simples fato de ser um livro editado pela Cosac já o faz ser digno de compra, independente do preço. Aliás, os preços da Cosac são sempre salgados, mas eles fazem jus à qualidade impecável dos livros. Nesse quesito, a Cosac deu um mimo para os expositores: 40% de desconto! Assim, ficou impossível não comprar um dos seus livros mais bonitos.
Por incrível que pareça, nunca li Alice. Só assisti, e sou apaixonada pela animação da Disney.
Com a adaptação do Tim Burton (que por acaso considero totalmente dispensável), muitas editoras reeditaram o livro, e a Cosac saiu na frente de todas. A riqueza de detalhes das fotografias, recortes e colagens que ilustram as páginas é sem tamanho.
Indico!

***

E assim acaba a minha pequena lista de compras. Gostaria que ela fosse muito maior, mas não deu pra gastar mais que os R$ 208 gastos nessa brincadeira.

Em breve, atualizo a coluna à esquerda com os livros que estou lendo e os lidos recentemente.

E tem o meu Skoob, que é atualizado quase que diariamente.

E que venham muitos outros livros!

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Notícias da Bienal (2)

Continuando a lista de compras, passei na Editora Vida pra gastar minha 'cota cristã'.

O estande está relativamente sem graça, assim como todas as outras editoras que compõem o grupo ASEC, e os descontos não estão bons. Os preços encontrados lá são os mesmos que se encontram na Rua Conde de Sarzedas. Além disso, também achei o atendimento fraco.

Vamos à lista:

1 - A Igreja na Cultura Emergente: 5 pontos de vista - Leonard Sweet
Não conhecia, mas a polêmica que envolve a 'Igreja Emergente' muito me interessa. Entre esses 5 pontos de vista, estão os do Brian McLaren e Erwin McManus, que também me intrigam. A capa também é muito bonita, o que facilita a simpatia e a vontade de comprar. Nota: a diagramação desse livro é ruim, bem ruim.

2 - Deus e Sexo - Rob Bell
É o terceiro - e acredito que seja o mais polêmico - livro de Rob Bell. Os outros dois são Jesus quer salvar os cristãos e Repintando a Igreja. Nesse, ele expõe dua ideia sobre a conexão entre sexo e espiritualidade. Vamos ver o que ele tem a dizer sobre isso...
Rob Bell é comentadíssimo: amado pela 'emergente' e odiado por uns tantos outros. É o criador da série Nooma, em que, através de pequenos vídeos (com duração média de 10 minutos), transmite seu ponto de vista, à luz das escrituras, sobre determinado aspecto da vida. Apesar do tom de auto-ajuda em alguns dos vídeos (acho que já passaram de 20), valem a pena ser vistos, e que cada um tire a sua própria conclusão sobre.

3- O Problema do Sofrimento - C. S. Lewis
Lewis, para mim, é um caso à parte, que dispensa qualquer comentário. Mas, para não parecer preguiça, lá vamos: em O Problema do Sofrimento, Lewis expõe sua visão sobre o sofrimento. Assim, simples. O caso é que, pouco tempo após ter escrito esse livro, ele perdeu sua esposa, Joy, o que, obviamente, lhe causou tamanha dor e desespero, que ele jamais havia previsto nesse livro. Então, ele escreve A Anatomia de uma Dor: um luto em observação, em que ele escreve sob outro prisma, o seu próprio, o que é, de fato, dor. O segundo eu já li e, apesar de nunca ter passado por essa situação, achei sensacional pela humanidade que há no livro. Daí a vontade de ler o primeiro.
C. S. Lewis é, para mim, um dos maiores autores - entre cristãos e não cristãos - que já existiram. É autor de livros como Cristianismo Puro e Simples e Os Quatro Amores e, o mais conhecido dele, a série Crônicas de Nárnia, que faz sucesso entre gente de todas as idades e credos.


Enfim, hora de dormir. Amanhã tem mais Bienal. #partiu

sábado, 14 de agosto de 2010

Notícias da Bienal

Essa semana começou a 21ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo.

Não bastasse a minha visita à Bienal ser obrigatória devido à minha paixão por livros, nessa edição tive um incentivo extra: estou trabalhando na feira. A editora em que trabalho, a Porto de Ideias, está expondo lá pela primeira vez, e aí eu estou me revezando entre ser diagramadora e atendente.

E só posso dizer uma coisa: é uma de-lí-cia.

É maravilhoso poder trabalhar rodeada por livros, de todos os tipos, gêneros, editoras, enfim... me sinto em casa!

Fato é que hoje (dia de folga da Bienal), eu tirei a noite pra ir fazer minhas tão esperadas comprinhas. Tinha me comprometido a comprar no máximo dois livros, já que o orçamento anda apertado, mas não resisti e voltei pra casa com oito livros. Ó, excelentes aquisições a preço camarada!

Segue a lista:

Garimpo Editorial

Tem um estande bem pequenininho, mas os poucos livros que estão expostos lá tem qualidade garantida. Pra quem segue a máxima de que o que importa é a qualidade e não a qualidade, esse é o estande ideal!
O que mais gosto da Garimpo é que eles defendem os valores cristãos, sem carregar a bandeira do
gospel. Acho isso excelente porque, para mim, todo rótulo é deficiente, afasta e facilita a criação de pré-conceitos. Ah! E seus livros valem 100% pela qualidade, além da beleza gráfica das peças.
E, na Bienal, encantou também, o atendimento! Infelizmente não lembro os nomes das pessoas que me atenderam, mas foram todos extremamente atenciosos.
Lista:

1 - Um Milhão de Quilômetros em Mil Anos, Donald Miller.
Eu já estava mesmo doida por esse livro desde o lançamento. É do mesmo autor de Como os Pinguins me Ajudaram a Entender Deus, em que Donald relata as suas experiências e descobertas de o que é ser um cristão, e Fé em Deus e Pé na Tábua, em que Donald conta como foi a aventura de sair de sua cidade (Texas) e ir até o Grand Canyon com apenas um amigo, Paul, e uma kombi velha. Os dois são excelentes!

2 - Encontros Sagrados, Tamara Park.
Descreve a aventura da autora, que percorreu várias cidades, de Roma a Jerusalém, e precisou lidar com conflitos étnicos, sociais e espirituais das três maiores religiões monoteístas do mundo: cristianismo, judaísmo e islamismo.

3 - A Grande Lacuna - A Omissão que compromete a Missão, Richard Stearns.
Esse eu não conhecia, mas o Isaac - o namorado também viciado em livros - me convenceu a comprar. De qualquer forma, se o conteúdo cumprir o subtítulo, certeza de que vai ser uma excelente leitura. Quando eu terminar, volto aqui pra deixar minhas impressões.

E a lista continua depois, já que amanhã é dia de trabalho na Bienal e já passa da meia-noite. #partiu

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Sobre Missões

Julho acaba de passar e, com ele, mais um mês de férias. Pra ir direto ao assunto, acaba de passar mais um mês em que acontecem uma profusão de projetos missionários com jovens que usam as férias para ir para o 'campo missionário'.

E, caso alguém leia esse texto e pense que trata-se de uma indireta, pode ir tirando a carapuça: todas - ou pelo menos quase todas - as igrejas propõem esse tipo de projeto. A minha igreja faz isso, a sua também faz, aquela outra igreja famosa também, e a menorzinha até que tenta, embora nem sempre obtenha sucesso.

O caso é que, na minha opinião, essa prática causa um péssimo hábito, que já está infiltrado nos irmãos mais velhos e que, cada vez mais, toma conta dos jovens.

Não me compreenda mal: de forma alguma estou dizendo que 'projetos missionários nas férias' são irrelevantes ou desnecessários. Obviamente que todo trabalho é válido, principalmente se considerarmos as pessoas que são alcançadas com esses projetos.

O problema é que, com a prática, acaba-se criando um conceito de Missões que só podem acontecer quando o estudante está de férias, e nunca durante a sua rotina usual (e peço perdão pela redundância).

O estudante, que de fevereiro à junho é apenas estudante, jovem, amigo, filho e companheiro, deixa de ser tudo isso para ser missionário. Abandonam-se os jalecos, as pastas de desenho, os computadores e os cálculos e vestem-se as capas e crachás de missionários. Ao fim de julho, os então missionários despem-se dessas capas e volta-se à vida corriqueira: faculdade-casa-igreja-casa-faculdade. Volta-se a ser estudante, jovem, amigo, filho.

O que eu não entendo e não aceito é essa separação. Ora, não se pode ser missionário e ser estudante-jovem-amigo-filho ao mesmo tempo?

É o velho conceito de que Missões só se fazem fora da sua área de convivência habitual. Se é paulista, missões devem ser feitas apenas no sertão nordestino, favelas cariocas ou países africanos. Não sei como esse conceito funciona para pessoas que vivem nessas regiões; se eles fazem missões por lá mesmo ou se descem para as bandas de cá.

O que sei é que São Paulo está GRITANDO por socorro. Está gritando por ajuda missionária de todas as formas. São as tais missões urbanas, que eu tanto carrego a bandeira. Missões transculturais são e sempre serão importantes, necessárias e essenciais, mas é preciso que os estudantes-missionários-de-férias também olhem para a própria cidade.

Acordem! Não é só o sertão nordestino que precisa de ajuda. Basta uma visita à Cidade Tiradentes para entender do que eu estou falando.

Está na hora de entendermos que Missões se fazem a todo momento! Não é preciso esperar a chegada das férias, ou um feriado prolongado. Instituições que trabalham com Missões Urbanas estão trabalhando de segunda à segunda em prol da nossa cidade. Missões se fazem semanalmente. Missões precisam de uma continuidade. Missões precisam de solidez. Missões precisam de força, união e persistência.

Enfim.