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segunda-feira, 10 de maio de 2010

Surpresa!


Esse meu aniversário tinha tudo pra passar batido. Sem muitos parabéns, sem presentes, sem a presenças de pessoas importantes para mim, sem festa, sem auê, sem nada. Eu queria assim, só mais um ano a se completar.

Tinha, não fosse a ideia brilhante do meu anjo da guarda de fazer uma festa surpresa pra mim. E não é que conseguiram me enganar em tudo? Desde o meu afastamento de casa, a fuga dos amigos em Suzano, até à dor de barriga e à coca-cola. Tudo estava minimamente arquitetado. Me pergunto se toda aquela chuva que caiu também estava cooperando pra deixar o cenário ainda mais irreal...

Eu ainda tento achar palavras pra agradecer ao Isaac, à minha família e aos meus amigos por terem tornado esse aniversário tão inesperadamente maravilhoso.

Obrigada à todos vocês que estiveram na minha casa esse sábado. Tenham certeza de que eu vou sempre lembrar desse presente que vocês me deram e que um dia, eu vou tentar retribuir.
Agradeço pelos presentes recebidos - perfurme maravilhoso e livros, livros, livros! -, pela ajuda na montagem das coisas e na cozinha - esse principalmente a dona Vera agradece! rs -, pelos quilôoometros e quilômetros percorridos de trem por quem mora fora de SP, por quem tomou chuva pra chegar até minha casa, pra quem estava vindo de carro e se perdeu, pra quem teve que embarcar no metrô obrigado quando eu estava prestes a estragar tudo! haha

Obrigada por tudo, meus anjos!

terça-feira, 4 de maio de 2010

De repente, 20

Acordei e descobri que cheguei aos 20 anos.

Sensação esquisita, essa. Quando era bem mais nova, sempre imaginei que, quando chegasse aos 20 anos, estaria quase terminando minha faculdade, teria um carro e estaria comprando um apartamento pra morar sozinha. Lá pelos meus catorze anos, me via ocupando um importantíssimo cargo em uma empresa - independentemente da profissão que eu decidisse seguir.

Mas o mais estranho disso, é que eu nunca me vi realmente chegando aos 20 anos. Sempre pensei que esse dia nunca chegaria, tamanha distância que essa data parecia ter. Olhava aquela comunidade "Jesus e meus 20 e poucos anos" e pensava que demoraria décadas até que eu pudesse fazer parte dela.

Quando temos 15 anos, não vemos a hora de chegarmos aos 18, 19, 20. Conquistar a independência que todo mundo quer. Quando chegamos, dizemos que o tempo passou rápido e que não aproveitamos como deveríamos a nossa adolescência.

Aliás, essa é outra coisa que me incomoda: não sou mais adolescente. Quando tinha 15 anos, não queria assumir que ainda era adolescente. Ser adolescente sempre é coisa do passado, até pra quem tem 13 anos. Quando completei 18, sabia que não era mais adolescente, mas já não queria assumir isso. Afinal, seria pretensão demais da minha parte se, só porque saí dos 17, eu afirmasse que havia perdido qualquer resquício da adolescência. Não, eu não era adulta. Só era uma pessoa que havia acabado de chegar à maioridade, nada além disso. Mas, e agora que tenho 20, qual será a minha desculpa pra enfrentar o medo - se assim posso chamar esse sentimento frustrante e inominável - de virar de vez adulta?

E continua...