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quinta-feira, 25 de março de 2010

Festival de clichês

O amor é um verdadeiro festival de clichês. Frases prontas, lugares comuns, o mesmo roteiro visto em novelas globais, tudo se repete no amor. Como fugir de tal monotonia?

Como dizer "sonhei com você hoje" sem soar repetitivo, ou dizer "eu te amo" de uma forma diferente a cada dia? Há como dizer "você é tudo o que eu sempre quis" sem ser piegas?

O amor é piegas, é brega.

Você vive dizendo que, quando amar, seu amor não será mais um desses clichês. Você diz isso até arranjar um amor. Você ama e é amado, e não tarde esse amor se tornará mais um romance de Malhação. Idas e vindas, brigas e reconciliações, tapas e beijos - com o perdão de mais esse clichê.

Então, cada dia sem ver o amor se torna uma eternidade. É um dia que passou em branco no calendário, é um não dia. Tudo extremamente previsível.

Vocês namoram, e logo fazem planos de noivado, casamento, onde irão morar, em quantos anos terão filhos e em quantos eles serão, e até nome os rebentos não existentes recebem. Vítimas dessa fábrica de clichês.

Os amigos passam a ter que ouvir, diariamente, os planos no casal apaixonado. Todos já sabem que vocês se casarão naquela chácara maravilhosa em Atibaia, passarão a lua-de-mel em Paris, terão dois filhos e morarão em Moema. Sabem também que terão uma linda casa com jardim, piscina e churrasqueira, e que vocês darão festas a cada quinze dias. Puro clichê.

Todo clichê pega porque é verdadeiro. E esse clichê se aplica ao clichê do amor.

Como viver sem esse lugar comum? Sábio foi Tom Jobim, ao dizer que "é impossível ser feliz sozinho"...

2 comentários:

Marco Alcantara disse...

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Abraço!

Isaac Palma disse...

lindo texto,

"Todo clichê pega porque é verdadeiro. E esse clichê se aplica ao clichê do amor."

te amo