Mal posso crer que fiquei quase quatro meses sem atualizar esse blog. Não por falta de assunto; ideias para textos pululam em minha cabeça, mas o que me falta é a vergonha na cara para largar a preguiça de lado e perder 10 minutos de um dia escrevendo. Não que isso importe, já que eu tenho apenas dois leitores assíduos: eu, que costumo reler meus textos depois de publicados, só para ter o prazer de sentir vergonha alheia de mim mesma (?), e o Isaac, que é muito amor comigo e insiste em dizer que tudo o que escrevo é legal. É muito amor.
O que me faz largar a bendita preguiça pra escrever depois de tanto tempo é aquela vontade imensa que tenho de falar um monte de coisas para as pessoas que gosto, mas que não tenho a oportunidade de falar ao vivo devido às centenas de quilômetros que nos separam. E não só os que estão distantes, mas também os que estão próximos mas que de igual modo não consigo falar o que gostaria por causa da 'correria nossa de cada dia'. Tão perto, tão longe. Tão longe, tão mais longe ainda.
Nesse fim de semana tive a alegria de conhecer pessoalmente pessoas que conhecia há anos (como o tempo passa, não?) somente pela internet. E o receio é o de sempre: o medo de que a expectativa construída sobre a pessoa não seja atingida. De que a pessoa seja chata. De que seja tímida. De que seja calada. De que seja desagradável. Dentre todos eles, acredito que o pior medo é o de que preferir a pessoa na internet. De que você se arrependa de ter ido conhece-la pessoalmente porque, via internet, a pessoa é mais interessante.
E tem também aquele grupo de pessoas que você já conheceu pessoalmente, mas com a qual não trocou mais que meia dúzia de palavras. O tempo passa, você constroi uma imagem da pessoa e, quando vai reve-la, vai sem expectativa alguma.
Que agradáveis supresas tive nesse final de semana! Dos que nunca havia visto aos que já conhecia e dos quais tinha feito uma imagem errada, todos me surpreenderam. E vem aquela feliz sensação de que não, você não prefere a pessoa na internet porque ela é infinitamente mais amável pessoalmente. E de que aquela pessoa que você conheceu anos atrás e não deu bola, hoje se mostrou uma pessoa agradabilíssima.
E era isso o que eu precisava expor em palavras. Que vocês, meus queridos, fizeram esse fim de semana muito contente. Cheio de boas surpresas que já se transformaram em saudade e expectativa para o próximo encontro. E, como o nosso amigo-futuro-médico disse mais cedo no Twitter, fica aquela sensação de: 'por que é que eu não conversei mais com essa pessoa antes?'.
Um beijo, e voltem logo.
domingo, 22 de maio de 2011
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2 comentários:
Sortuda mafaldônica, ler uma coisa dessas causa sensações estranhas. Primeiro vem aquela tristeza por não ter a mesma oportunidade, e depois o consolo por ver amigos tão felizes; por fim, a pergunta "quando será minha vez?"
De resto, e dos que eu conheço, posso colocar um grande DOIS em tudo isso :)
(Tenho certeza que o seu blog tem textos mais interessantes do que muitos livros que você já diagramou)
Já tinha lido antes, mas só agora comento...hehe
Prazerzaço te conhecer, Carol.
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