Páginas

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Resoluções para um novo ano


E lá vamos nós rumo a mais um lugar-comum das trocas de ano: lista de tarefas que deverão ser desenvolvidas ao longo do ano que vai nascer. Juro que tentei escapar dessa pieguice, mas não deu. E acho que é justamente pelo fato de as pessoas não conseguirem escapar dessas listas que elas se tornaram tão clichês. Enfim.

Fato é que 2011 já começou para mim de uma forma totalmente fora do que eu esperava em dezembro. É como se a vida que eu conseguia segurar em minhas mãos tivesse escorrido por entre os dedos, deslizado por minhas pernas e chutada para muito, mas muito longe. Essa sou correndo atrás dela em qualquer lugar em que esteja.

O ano começou com o trancamento da minha faculdade de Produção Editorial (o trancamento de fato ainda não aconteceu, mas isso não vem ao caso). Faço isso com muita dor no coração, já que eu amo o que estudo. Ou melhor, eu amo a minha profissão e o que faço e, mais ainda, amo o que quero ser no futuro. Dadas as circunstâncias financeiras em que me encontro, está totalmente fora de cogitação bancar uma mensalidade de R$920 esse ano. A vida social e prática mandou um alô. Ao contrário do que isso leva a crer, não, não vou abandonar meu bom combate - oi, Paulo! - e não vou deixar meus tão amados livros de fora da minha vida. Meus planos para o ano que vem são outros, mas não cabe agora explicar minuciosamente quais são eles.

O trancamento da minha faculdade levou à outro problema: eu estava estagiando em uma editora de médio porte e com grandes oportunidades de carreira mas, por deixar de estudar, também precisei abandonar o estágio. O que não foi de todo ruim, pois consegui um emprego perto da minha casa e com condições ainda melhores que as do emprego antigo.

Então, pra 2011, prevejo muitos e muitos estudos. Estudos esses que interferirão fortemente em meu 2012.

Em 2011, pretendo ler boa parte dos livros indicados ao Prêmio Jabuti. Nenhum motivo especial, mas quero poder opinar com propriedade sobre as obras indicadas e as premiadas. Poderei até, quem sabe, entrar numa dessas discussões acaloradas que aconteceram devido ao prêmio recebido por Chico Buarque pelo Leite Derramado. E olha que eu li o Leite Derramado.

Mais que qualquer coisa, pretendo ser mais forte em 2011. Chorar menos, reclamar menos, murmurar menos, aceitar com um sorriso maior o que a vida resolver me dar. Pretendo ser mais grata, mais agradecida.

Pretendo, também, criar mais vergonha nessa minha cara e escrever com maior regularidade. Afinal, é isso o que se espera de uma pessoa que deseja ser uma editora de textos, não é mesmo?

Enfim. Que todos tenhamos um 2011 feliz, cheiroso e lindo.

Nenhum comentário: