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É melhor ser alegre que ser triste
Alegria é a melhor coisa que existe.Vinícius de Moraes
Quatro dias sem Facebook e Twitter. Quem me conhece bem de perto deve imaginar o quanto é difícil pra mim me manter longe das redes sociais, esses viciozinhos modernos que sugam nosso tempo útil. Tão difícil quanto manter uma alimentação saudável e longe da coca-cola.
Pra muita gente pode parecer bobeira, mas pra mim já é uma vitória. Não há nada mais frustrante que se comprometer a fazer algo e não conseguir cumprir. E olha que eu já tentei um milhão de vezes, no caso, com relação à alimentação saudável e à coca-cola.
Não há um propósito firmemente delimitado: me propus ficar longe das redes por tempo indeterminado; pelo tempo que eu julgar necessário. Mas chega um momento na vida em que a gente tem que sentar e colocar na mesa tudo aquilo em que nós estamos fundamentados: nossas crenças, nossos hábitos, nossas relações, nossos pontos de vista, nossos objetivos de vida. Tem gente que chega nesse ponto aos 40 anos, tem gente que nunca chega, e tem gente que chega aos 21 anos. Há tempo para todas as coisas, diria o sábio. E nas redes sociais estão meus maiores pontos de distração; informações para dar e vender; amigos, colegas e conhecidos queridíssimos. Quando a gente precisa ficar em silêncio, precisamos nos afastar da movimentação que traz barulho e distração. Se a movimentação e o barulho estão nas redes sociais, então é da internet que precisamos nos afastar.
Já tentei me afastar das redes no mínimo umas 35469 vezes; todas tentativas frustradas. Tomei coragem no último domingo (25), sem pensar duas vezes, caso contrário, desistiria pela 25470ª vez. Achei que piraria ou algo do tipo; sempre me achei muito dependente da enxurrada constante de informações variadas, das coisas úteis e das inúteis, do contato diário com amigos e conhecidos. Os especialistas em comunicação afirmam que o 'mal do século na web' é que, depois de tanto tempo dependentes das redes sociais, quando nos ausentamos por algum tempo temos a sensação de que estamos perdendo alguma coisa importante. Antes, ficávamos sabendo das novidades dos amigos dias ou semanas após o ocorrido; nos comunicávamos essencialmente via telefone e pessoalmente. Hoje, nos habituamos a saber das coisas em tempo real, e o que era novidade o deixa de ser menos de 7 dias depois.
Mas chega de devaneio sobre o uso e dependência das redes sociais nos dias de hoje. Esse blog aqui não é pra isso. Sobre isso, consultem o Pavablog. Whatever.
Pensando bem, acho mesmo que o endereço do meu blog, que está aí há anos e eu já nem me lembro bem o motivo, cabe muito bem à esse meu período sabático. Período sabático que durará 7 dias, 7 semanas, ou quem sabe 7 meses. Vamos ver aonde é que isso irá me levar. Se tudo der certo, prometo tentar encarar um período de alimentação saudável e sem coca-cola.
Ósculos e amplexos,
Carol.
(...) Donde concluo que um dos ofícios do homem é fechar e apertar muito os olhos, a ver se continua pela noite velha o sonho truncado da noite moça. Tal é a ideia banal e nova que eu não quisera pôr aqui, e só provisoriamente a escrevo.
Antes de concluir este capítulo, fui à janela indagar da noite por que razão os sonhos hão de ser assim tão tênues que se esgarçam ao menor abrir dos olhos ou voltar de corpo, e não continuam mais. A noite não me respondeu logo. Estava deliciosamente bela, os morros palejavam de luar e o espaço morria de silêncio. Como eu insistisse, declarou-me que os sonhos já não pertencem à sua jurisdição.
Dom Casmurro
Eu queria tanto aprender a me adaptar à minha rotina. Que raiva que me dá essa minha necessidade de estar sempre mudando, sempre arriscando, sempre testando coisas novas. E a dificuldade em lidar com isso está no fato de que eu não faço efetivamente todas as mudanças que gostaria; fico só vontade. Frustra e cansa.